I I
I I I I
I I I
I I I I OBARAXE
REZA DE OBARAXE
Obaraxe Ofuyere, Obara Xeke mi xeké Odilará korubó oguxé. Awo Obara Obaxe, Awo Eiyele, Awo Aun, Awo kaferefun Obá, kaferefun Odu, kaferefun Orunmilá.
Este Odu resulta da interação de Obara com Oxe
É o caminho, através do qual, o discípulo observa o mestre. Aqui os Babalawos querem saber mais que Orunmilá.
O mestre tem que tomar cuidado para que o discípulo não fique com todas as fontes de informação.
Aqui nasceram os tomates. O borí é feito oferecendo-se frutas à cabeça e tomates
aos pés.
Fala de ciúmes e de calúnia.
Não pode alisar o cabelo nem comer tomates
A pessoa varre a casa levando o lixo até a esquina mais próxima e coloca Elegbara sobre a varredura, na esquina, e ali lhe oferece alguma coisa.
Neste signo as abelhas foram aparelhadas com ferrões para atacarem seus inimigos mas, sempre que fazem uso deles, morrem.
A abelha queria que sua picada fosse mortal e Elegbara, atendendo ao seu desejo, fez com que sua picada se tornasse mortal para ela mesma.
Fala da casa de barro. Aqui os filhos desiludem os pais jogando por terra todas as esperanças neles depositadas desde a infância.
Para que a mulher se livre de gerar um filho Abíkú tem que fazer um ebó com um galo, dentro da mata. Sua cabeça e sua barriga são lavadas com as folhas apropriadas7 e tem que usar na cintura, um saquinho cheio com pós das mesmas folhas. Tem que oferecer também, um favo de mel para Xangô.
7 - As folhas ritualísticas de Abíkú são: Abirikoló, agidimagbayin, ewe idi, ewe ija, lara pupá, olobutoje e opa omere.
O saquinho tem que ser preso a um cordão de panos vermelhos, pretos e brancos, trançados e amarrado à cintura. Este cinto tem que ser lavado no omieró das mesmas folhas e receber o sangue do galo sacrificado.
A pessoa tem um guia espiritual que lhe fala aos ouvidos. Se seguir corretamente as suas orientações obterá grande progresso na vida.
Tem que colocar, no igbá de Xangô, um caramujo em forma de orelha.
A pessoa é filha da inveja e da traição. Tem que cuidar muito bem dos próprios pés.
Nem tudo pode ser comprado com o dinheiro. As vezes se consegue muito mais com um coração limpo.
Não se deve zombar de quem sabe menos.
A pessoa ensinará a alguém que um dia saberá mais do que ela.
Deve usar, sempre que for jogar ou praticar qualquer ritual, uma pena de ekodidé na própria cabeça.
Obaraxe nunca pode ostentar sabedoria para não esquecer tudo o que aprendeu.
Tem que cuidar de Eguns. Aqui é onde os mortos precisam do auxílio de uma pessoa para poderem manifestar-se.
Tem que ter Orixá e Egun no mesmo nível. Tem que contar muito com o auxílio de Exú.
Este Odu fala do desenvolvimento do sexto sentido.
É o Odu da mentira piedosa que faz o bem para todos.
O mal e o bem cercam a pessoa, um atrai o outro como imãs. A pessoa tem que cuidar do cérebro que é o órgão mais importante que existe.
I I I
I I I
I I I I
I I I
OBARAFUN
REZA DE OBARAFUN
Obarafun iki Awo Inle adó irere, Awo ibá asesi adabá, Awo bó eté etá obinin xawo ibá iro adifafun Olofin luba omó ada ibi abeboadie meji elebó.
Este Odu é filho de Obara e Ofun.
Neste caminho o Awo sempre terá o que fazer.
Não se responsabiliza por pessoas doentes, mas tem que fazer os ebós que forem determinados.
Aqui fala Ogun, o porteiro de Aganjú que teve os pés decepados.
Fala de indigestões. A pessoa não pode deitar-se logo que terminar uma refeição.
Fala de um filho que saiu de casa por causa de um irmão. O que se foi; será mais tarde o arrimo dos pais, o que ficou só lhes trará problemas e aborrecimentos.
A terra treme por maldição de Obatalá.
Aqui nasceu a tremedeira e o descontrole nervoso nos seres humanos. Xangô está bravo com a pessoa que se consulta.
Aqui nasce o fundamento pelo qual Obatalá não pode comer sal.
A pessoa não pode discutir por dinheiro. Quando se descontrola põe sangue pela
boca.
Tem que cuidar muito da porta de sua casa. Orunmilá manda a pessoa procurar um médico.
Fala de nervosismo e intranqüilidade. Tremores produzidos por Obatalá. Fala de danos causados pela ingestão de alimentos.
Olofin e Orunmilá orientam para que a pessoa tenha cuidado com o que come e onde come, para não ser envenenada ou enfeitiçada por seus inimigos.
A pessoa deste signo não pode comer inhame nem farinha. É um Odu de suplantação.
TRABALHO PARA DESMANCHAR UM MALEFÍCIO
Pimenta do reino em pó, pólvora, ataré, sal, um igbín, terra de cemitério. (Obs.: Quando recolher a terra do cemitério a pessoa tem que deixar umas moedas e acender uma vela sobre uma sepultura qualquer).
Puxa-se o igbín, cobre-se com todos os ingredientes e leva-se à sepultura onde se acendeu a vela, pedindo ao Egun que retire e leve o mal que foi feito contra a pessoa.
EBÓ PARA RESOLVER QUALQUER DIFICULDADE
Um galo, três pintos, dois pombos, um peixe fresco, um osso de canela de boi, pó de ekú, pó de ejá, epô, milho vermelho, um pedaço de carne bovina, ori, efun, um pouco de terra úmida, um pedaço de galho de árvore, um ovo de galinha, um pouco de quiabo cozido sem sal, moedas, salsaparilha e roupas brancas.
Cozinha-se o osso de boi e retira-se o tutano. Sacrifica-se o galo para Elegbara e coloca-se, sobre ele, um pouco de tudo o que compõe o ebó, inclusive um pouco de tutano. Sacrificam-se os pombos para Egun e se entrega também com um pouco de tutano e tudo o que está relacionado. Faz-se sarayeye com um pinto, o ovo e folhas de salsaparilha e puxa-se para Ile. Os outros dois pintos são sacrificados, um para Ogun e o outro em cima do ebó no local onde for despachado. (Pergunta-se no jogo).
DESVENDANDO OS SEGREDOS DE IFÁ PARTE VIII
I I I I
I I I I
I I I I
I I
OKANRAN MEJI
REZA DE OKANRAN MEJI
Okanran Meji, Oni Kanran Okanran ni okute, Okanran Meji ni Exú Bi Eboadá, Exú Bi pakikó, adie onadere Okanran Meji. Okanran ire Ifá, Okanran Ire Awo, Okanran ire Xangô, Okanran ire Exú Bi okan ni. Oni Kanran unbatí Osode botalokununló.
Este é um Odu feminino, filho de Sedikoroú e Ajantakú.
Representa coisas encadeadas, uma sucessão de acontecimentos a partir de uma ocorrência significativa.
Neste signo nasceram as enfermidades contagiosas e as diferentes formas de
contágio.
Nasceram as pedras porosas que servem para filtrar água, os coiotes, a vesícula biliar e o processo de cicatrização das feridas.
Aqui nasceu a palavra humana. Okan o lan significa: "A primeira palavra é a que
vale".
É por este caminho que Olofin vem à terra.
Os filhos deste Odu são grandes oradores, conseguem convencer através da palavra. São pessoas tristes e introvertidas.
Neste Odu os homens não reconhecem o bem que Orunmilá lhes faz. Em relação ao Awo, agem da mesma forma.
Proíbe seus filhos de comerem carne com muita freqüência. Não podem comer carne de galo nem feijão preto ou vermelho. Assegura invulnerabilidade contra feitiçarias.
Para garantir esta invulnerabilidade, pega-se uma folha de ewe ikoku (Xantosoma sagitofolium, Schott.) e pinta-se nela, o signo de Okanran Meji, lava-se as mãos, joga-se a água das mãos sobre a folha e deixa-se as mãos secarem sem o uso de toalhas. Deixam-se as folhas nos pés de Ibeji até que sequem e depois faz-se um pó que deve ser soprado atrás da porta da rua.
Este é o caminho do perdão.
É neste Odu que Ifá diz quem são os seus sacerdotes. A pessoa tem que trabalhar Ifá.
Prenuncia a morte repentina de três pessoas.
Suas folhas litúrgicas são ewe xexeré (Echinodorus grisebachum, Small.), ewe agueya (Heliotropium indicum, Lin.) e manjerona.
Quando este Odu surge em Atefá, a pessoa tem que fazer Ifá rapidamente para que não venha a morrer.
É um signo de traições. A pessoa deve ter suas posses muito bem documentadas e devidamente legalizadas para que, em osogbo ofo, não venha a perdê-las.
É um Odu de soberba e descontentamento.
Neste caminho os mortos preparam armadilhas para os vivos.
A pessoa não sabe o que é agradecimento, é orgulhosa e altaneira.
Acha que possui tudo na vida, é ardilosa e interesseira, mas perde por sua cabeça
ruim.
Não deve beber nenhum tipo de bebida alcoólica, por mais suave que seja. Determina vida curta. Para prolongá-la a pessoa tem que fazer Santo.
Assinala dores nas costas e nos rins.
A pessoa tem que cuidar de Egun colocando para ele uma quartinha com água da chuva e uma com água da bica.
Sente dores nos braços quando realiza trabalhos pesados.
Deve criar um pinto até que se transforme num galo e então, oferecê-lo vivo a Elegbara. Deve conformar-se com o que tem e não desejar o impossível.
A mulher se apaixona por um homem comprometido e isto pode trazer problemas com a justiça.
Este Odu de Ifá é de força e de artifícios. Seus filhos não admitem ser mandados por ninguém e acham que sabem tudo melhor que os outros.
Perdem-se por não ouvir conselhos, preferindo orientar-se por sua própria cabeça. São habilidosos e bem falantes. Para eles nada é impossível de ser realizado.
São fogosos e insaciáveis. Não desistem até que consigam o que desejam, nem que para isto tenham que arriscar a própria vida.
Quando alguém lhe faz alguma coisa, por mais simples que seja não desistem da vingança por nada no mundo.
São faladores e um tanto quanto invejosos.
Acham que tudo deve ser feito ao seu jeito e à sua maneira, não aceitando opiniões nem sugestões de ninguém.
Não podem possuir gatos.
Foi neste caminho que Elegbara comeu akukó pela primeira vez. Assinala guerra na família ocasionada por discordâncias religiosas.
A pessoa está sujeita a sofrer uma cirurgia no ventre ou no aparelho urinário. Corre o risco de ficar impotente.
MEDICINA PARA OS RINS
Tomar diariamente banhos de assento com ewe ré (Rosmarinus officinalis, Lin). Chá de masturso e ewe olubó (planatillo de Cuba) três vezes ao dia.
Para vencer uma demanda sacrifica-se uma galinha aos Guerreiros e se despacha na linha férrea.
O Awo deste signo tem jogar no mar uma corrente do seu tamanho.
Quando este Odu surge trazendo Osogbo, pega-se uma franga, abre-se ao meio, enche-se de epô pupá e coloca-se em cima de Elegbara.
TRABALHO PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS
Pega-se um galo, apresenta-se a Elegbara e pede-se tudo ao contrário do que se deseja. Faz-se a cerimônia, mas não se sacrifica o animal nem se dá nada. Desta forma Elegbara sente-se enganado e concede tudo ao contrário do que se pediu.
EBÓ NOS CAMINHOS DE OKANRAN MEJI
Quatro pintos, dois obís, panos branco, vermelho e preto, quatro carás e tudo o que leva num ebó.
Os pintos são sacrificados para Elegbara, assados e, no dia seguinte, despachados no mato. Indicado para obter progresso e tranqüilidade.
Este Odu ensina que todos os Orixás tinham filhos, menos Oiyá que apesar de querer muito, não conseguia gerar.
Um dia Oiyá foi consultar Ifá e na consulta surgiu Okanran Meji que lhe determinou, além de um ebó, que usasse um idefá.
Seguindo corretamente as orientações do oráculo, Oiyá conseguiu ter nove filhos.
Por este motivo, o número de Oiyá é nove, e suas filhas devem usar o idefá em homenagem à Orunmilá.
EBÓ PARA TER FILHOS NOS CAMINHOS DE OKANRAN MEJI
Agutan, akukó, uma acha de lenha, milho de galinha, inhame, epô, pó de ekú, pó de ejá, ori-da-costa, efun, mel, otí e muitas moedas. Oferece-se tudo a Elegbara e passa-se a usar um idefá consagrado.
OUTRO EBÓ PARA A MESMA FINALIDADE
Um galo, dois pombos, uma cabaça com água de chuva, um feixe de lenha, uma corda com a medida da mulher, pó de ekú, pó de ejá, milho, ori, epô pupá, mel, otí funfun, moedas e um ekodidé. Tudo para Elegbara. Usar também um idefá consagrado. A corda fica enrolada perto de Elegbara até que a mulher fique grávida, depois é despachada, amarrada no tronco de uma árvore dentro da mata.
I I I
I I I
I I I
I I
OKARANLOBE OKANASODÉ
REZA DE OKANASODE
Okanranlogbe, Okanasode ole mejila titi efón malu ilé ni olé iyalagun Oba Xonxon ole Sode nitá Orunmilá opalaiye Okanran jun.
Este Odu é filho de Okanran e Ogbe. Aqui nasceu Inle.
A pessoa tem que assentar este Orixá.
Quando sai este Odu a pessoa abana as orelhas com as mãos e procura saber o que Exú deseja para ser imediatamente oferecido.
Tem que usar o fio de contas de Obatalá. Este Odu é caminho de Egun.
Não se pergunta o que já se sabe. Neste caminho se dá cabra a Orunmilá.
O bem não chega porque existe um erro em relação a um assentamento de Oxun onde, provavelmente, está faltando alguma coisa.
A pessoa tem que cuidar da porta de casa.
Há perdas e desmoronamento do lar por ação de um Arajé que a pessoa conhece.
Fala de um espírito que está ressentido porque a pessoa fez um trato com ele e não cumpriu. Desde então, a pessoa só tem tido dificuldades na vida.
Este signo determina que a pessoa tenha um Egun assentado com suas próprias mãos de acordo com as orientações do próprio Egun.
Os filhos deste Odu não podem dar chapéus de presente para ninguém, sob pena de perderem a sorte e a força de suas cabeças.
Tampouco podem emprestar seus chapéus a ninguém, para não perderem a razão.
Se a pessoa for feita em Ifá ou em Orixá, tem que assentar Baiyani.
O segredo deste Odu é ter as unhas das mãos grandes e bem cuidadas, possuir um amuleto feito com osso do crânio de um cabrito e dar um bode a Elegbara.
Leva-se comida a um cemitério e arria-se aos pés de uma árvore.
É o signo do tigre, por isto a pessoa tem que ter as unhas grandes e colocar, em seu Ifá, dez unhas de metal e um pedaço de couro de tigre.
É um Ifá de ataques. Aqui o tigre ataca os cães. Neste Odu as pessoas têm maus sentimentos. Cuidado com impotência.
O homem se perde por causa de uma mulher jovem.
Quando surge este Odu para uma mulher, indica que tem relações clandestinas e secretas ou as teve antes de se casar.
O homem trai a mulher com outra. Para acabar com isto tem que dar um bode pequeno, sem chifres, para Elegbara.
Deixa-se a cabeça secar e se reduz a pó que se mistura a talco de toucador. Esta mistura a mulher deve passar no corpo, principalmente nas partes genitais para que seu homem nunca mais a traia.
Quando este Odu surge em Atefá, tiram-se as orelhas do cabrito de Elegbara e se leva a um local dentro da mata onde se enterra junto com um pinto, pó de ekú e pó de ejá.
O Exú deste Odu é Betimé, que se monta com um otá recolhido no alto de um morro e se carrega com pó de crânio de bode, de ologbo, bastante grãos de cereais diferentes, varredura da casa da pessoa para quem vai ser assentado e todos os demais ingredientes que são colocados em Exú.
0 comentários:
Postar um comentário