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I I I OWÓNRIYEKU
REZA DE OWÓNRIYEKU.
Owónriyeku abori oribaxé kawo oribawá, ire axekun otá, elese Xangô marilawe ni Elegbara orukpale owó ogoró obori obori Oyeku, Inle eberen bawá Ifá kalerun Owórinyeku.
Este Odu é filho de Owónrin com Oyeku.
Foi por este caminho que, pela primeira vez, a mulher levantou a mão contra o
homem.
Aqui nasceu o domínio da mulher sobre o homem. É um signo de desobediência e de confronto.
Tem que oferecer ajapá a Egun.
Prenuncia uma guerra que, para ser ganha, o Awo tem que se preparar muito bem. Não se nega comida a ninguém.
É este Odu que faz, em certa hora da noite, o flamboyant crepitar. Quando a pessoa fica rica e feliz, chega a morte.
A pessoa pode encontrar a morte no meio do mar.
Este Odu dá muito dinheiro, mas, se não se oferecer um galo a Elegbara, perde-se tudo pouco a pouco.
A pessoa é filha de Oiyá.
Aqui Xangô deu um filho a Oiyá. Nasceu o xeré de Oiyá.
Ensina que as cabeças gostam de comer babosa, menos as cabeças dos filhos de
Oxun.
A pessoa será ajudada por alguém que tem chagas nos pés e nas pernas.
Existe uma disputa pelo cônjuge, cargo ou posição da pessoa. É preciso cuidado, pois corre o risco de perder.
A pessoa vive rodeada de gente de má vontade.
Vive à deriva, sem contar com a proteção dos seus Santos, e corre o risco de perder sua ocupação.
Tem que cuidar de excesso de sangue e de doenças mentais.
Um parente morreu antes de poder confiar uma missão ou dar alguma coisa à
pessoa.
Tenta se comunicar, mas não consegue por não possuir meios para tal. Precisa de missas e preces para que receba luz e força.
A pessoa pode perder tudo o que tem por possuir uma cabeça ruim. Tem que cultuar Oiyá e dar comida a Egun.
Por este caminho dá-se bode a Elegbara e toma-se banho com ewe asán (Chrysophyllum cainito, Lin).
Tem que apaziguar Elegbara sempre que o Odu vier em Osogbo, lavando-o com yesá de ejebale6.
A pessoa tem que roubar um filhote de pombo emplumado e, com ele, tomar borí em sua própria casa.
Este ebó tem que ser feito na frente de um ogan confirmado que será pago para despachar o carrego do borí.
Todas as vezes que o Ogan voltar à casa da pessoa, esta terá que lhe dar alguma coisa. Só assim poderá prosperar na vida.
6 - Água comum, recolhida numa cabaça, à qual se acrescenta um pouco do sangue do animal sacrificado.
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I I I OWÓNRIWORÍ
REZA DE OWÓNRIWORÍ.
Owónrin Tanxelá Owari Ofore oun joko iguerí aoforé ejá, Oxun adifafun Oriní está bain bain Awo Oxa Omi.
Aqui nasceu o espiritismo científico. Este Odu é filho de Owónrin e Iwori. Aqui nasceram todos os defeitos.
É um Odu de mentiras, de desprezo e de delações.
Para subir na vida e alcançar seus objetivos a pessoa tem que assentar Azawani. Assegura vida longa.
Neste caminho o dia e a noite fizeram um pacto. Por este motivo, o Awo deste Odu tem que ter a mulher de cor diferente da sua.
Aqui nasceu a avareza e, por ela, a pessoa se destroi. A pessoa não pode passar sobre valas e buracos.
Tem a cabeça dura e suas palavras são ainda mais duras. Para não se perder tem que ouvir os conselhos que lhe dão.
Teve uma infância infeliz. Andou de casa em casa, era complexado por qualquer motivo ou foi amaldiçoado por alguém.
Existe um Egun que durante a vida foi um poderoso feiticeiro e que agora, exerce influência para que a pessoa viva sozinha.
Em osogbo assinala traição dos amigos.
Em ire é a própria pessoa quem trai seus amigos.
Quando era jovem sofreu um trabalho de macumba feito por uma mulher no qual foi utilizado um tipo de fetiche.
Tem que cuidar do coração.
A pessoa tem um Egun que é seu guia espiritual e que não gosta de seu pai ou mãe
de Santo.
Não deve usar perfumes muito ativos porque isto atrai osogbo. Deve mudar do lugar onde vive.
Tem problemas de excesso ou falta de açúcar no sangue. Tem que cuidar da pressão arterial.
Se for mulher deve cuidar do ovário e das trompas. É preciso ter muito cuidado com as amizades.
Tem que evitar o uso de bebidas alcoólicas e o desregramento sexual, para não adquirir moléstias sexualmente transmissíveis ou perder a potência.
A pessoa encontra inúmeras dificuldades para cumprir suas obrigações com os Santos, mas não deve desesperar-se, as coisas serão feitas na hora certa.
Existe uma guerra ocasionada pelo caráter extremamente forte da pessoa.
Pode envolver-se num problema de chantagem podendo, por este motivo, chegar a
ser presa.
Tem que cultuar Elegbara e respeitar todos os Orixás.
Este é um Odu de bandidos e de pessoas que se envolvem em negócios sujos. Aqui Elegbara fez uso de marijuana.
Os negócios devem ser feitos a sós, jamais na presença de terceiros. Os homens deste Odu têm que fazer Santo e iniciar-se em Ifá.
Aqui se repartiram os poderes da arte, da adivinhação e da guerra.
Neste caminho Olokun se fez comerciante e o búzio era o seu intermediário.
Aqui Elegbara foi condenado por Olofin a viver na esquina, por haver roubado os ikins de Orunmilá.
A pessoa tem que colocar uma bandeira branca atrás da porta de casa e, nas árvores frondosas que tenha em casa ou nas suas proximidades, derramar mel para atrair as formigas.
Aqui Elegbara vive sobre um tambor com um parafuso de linha de trem ao lado. Com estas coisas invoca-se, à meia-noite, todos os espíritos malignos para trabalharem para o mal.
A pessoa, por ser romântica e afetiva, é enganada com carícias.
Este signo proíbe que se ande nu dentro de casa para não irritar Elegbara.
A pessoa deste signo é desgovernada, precisa organizar-se, respeitar aos outros e às religiões que professem, não importando quais sejam.
Este é o caminho da mudança de caráter.
TRABALHO PARA SE OBTER UMA GRAÇA DE ELEGBARA
Abre-se um buraco no quintal e coloca-se Elegbara dentro dele.
Sacrificam-se dois pombos e deixa-se o ejé correr dentro do buraco, ao redor do igbá, tendo o cuidado para que não caia sobre ele.
Em seguida, acendem-se sete velas ao redor do buraco e tapa-se com areia de praia. Despacham-se os pombos mortos nas águas do mar. As cabeças dos pombos são arriadas diante de Xangô, para que sequem.
Depois de sete dias desenterra-se Elegbara, lava-se com água do mar e com amasí de suas folhas, e sacrifica-se um frango para ele no ritual de praxe. Com as cabeças de pombo colocadas diante de Xangô, prepara-se um pó ao qual se acrescenta pó de efun, de preá e de ejá. Este pó é colocado num saquinho de couro que deve ficar no igbá de Elegbara.
Sempre que se precisar obter uma graça, pega-se um pouco do pó, sopra-se sobre Elegbara e faz-se o pedido.
Tem que oferecer um galo a Olokun, sacrificando-o dentro do mar.
O Elegbara deste Odu é Exú Mowani que, em vez de búzios, leva caroços de dendê na boca e nos olhos.
As folhas deste signo são: cascaveleira, iguí adamá (Elaphrium simaruba, Lin.) e planatillo de Cuba.
Tem que fazer ebó com etú e, depois, tomar banho de omieró das folhas do Odu, acrescido de pó de efun.
O Awo tem que dar dois cabritos ao seu Ifá.
EBÓ NOS CAMINHOS DE OWÓNRIWORÍ
Dois pargos, 16 búzios, 16 ewe yeye (Spondias cirunella, Tussac.), 16 sementes de dendezeiro partidas, 16 fitas de cores diferentes e 16 favas de ataré. Passa-se tudo no corpo e despacha-se nas águas de um rio.
Durante o ebó, a pessoa a ele submetida deverá permanecer sem roupas, enrolada apenas numa toalha branca.
Entrega-se a Olokun, nas águas, uma coroa de mariwo enfeitada com 16 penas de
ekodidé.
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OWÓNRINSODI
REZA DE OWÓNRINSODÍ
Owónrin ni Sodí Ariré leparí kosobo tolepani adifafun Awo Axelu finxomé olojá.
Este Odu é filho de Owónrin e Odi.
Foi neste caminho que nasceu Odé, o Orixá caçador.
Determina que, no assentamento de Odé, se coloque a parte superior do crânio de um veado com suas respectivas galhadas.
A pessoa não pode usar perfumes para não atrair problemas. Possui o suor muito ativo.
Tem que tomar borí.
O homem tem quatro mulheres.
A pessoa promete coisas que estão fora de suas possibilidades e, por não poder cumpri-las, fica desmoralizada.
Se for homem, está amarrado por uma mulher. Se for mulher, está querendo amarrar um homem.
Fala de uma mulher que roubou o marido de outra.
A pessoa tem que dar comida ao seu Orixá e ao seu Egun protetor para ter progresso nas suas coisas.
Oxun deseja alguma coisa da pessoa.
Não deve iniciar algo que não possa terminar. Tem dívidas com Elegbara.
Fala de uma pessoa muito doente que precisa assentar Orunmilá e outros Orixás. A pessoa tem que viver em casa térrea.
Não deve acreditar que ninguém possa lhe causar algum malefício. É preciso ter muito cuidado com as pessoas com quem convive.
Tem que ter cuidado com uma agressão.
Assinala problemas com a justiça. Cuidado para não ser preso.
A pessoa tem uma grande tristeza na vida e isto pode ocasionar a sua morte.
Se a consulente for do sexo feminino é caprichosa e muito teimosa. Isto pode ser a sua perdição. Vive acabrunhada porque nada atrai a sua atenção e o seu interesse.
Quando se enamorar de algum homem deve prestar muita atenção nos seus costumes e compromissos para que não venha a sofrer muito, futuramente.
Se o consulente for do sexo masculino perdeu uma atividade na qual se dava muito bem. A sua ocupação atual não é de seu agrado. Vive desanimado, acreditando que nunca mais voltará a ser o que era antes.
Tudo aquilo por que está passando são coisas impostas pelo seu Orixá, para que assuma a missão que lhe foi confiada nesta vida.
Tem que assentar seus Orixás e Orunmilá, amá-los e ter devoção. Só então tudo voltará a ser como nos bons tempos.
Por este Odu fala o macaco de nove rabos. Neste caminho se faz ebó com carne podre. Aqui se aprende que Azawani come bode.
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I I I OWÓNRIROSO
REZA DE OWÓNRIROSO
Owónrinroso Ogun ati Elegbara Awo nifá lese Olofin, Orunmilá ati Xangô unbó wariyo odara mi dara. Omó Olofin ofo Leí toxú Arajé lodafun Orunmilá kaferefun pinado.
Este signo de Ifá é filho de Owónrin e Iroso.
Se a pessoa não gosta de si mesma, não pode gostar de ninguém.
Anuncia o nascimento de uma criança muito bonita cuja paternidade é contestada. Quando surge este Odu numa consulta o Awo abraça o consulente e dá graças a
Orunmilá, a Xangô e a Obatalá.
Foi por este caminho que Yemanjá surpreendeu Orunmilá com Oxun, dentro de um poço rodeado de cabaças.
Aqui nasceu o costume de acender-se velas.
Em osogbo assinala separação e morte. A pessoa tem que prestar atenção num pássaro que costuma ir cantar perto de sua casa. Deve capturá-lo, passá-lo no próprio corpo e depois soltá-lo para que carregue todo o mal.
Tem que oferecer um carneiro a Egun.
natural.
Quando surge para uma pessoa doente representa perigo gerado em sua fraqueza
O Ôsun7 do Awo deste Odu tem que ser do seu tamanho. Aqui nasceram os Oriatês8.
- - Orixá que, no culto de Orunmilá, tem que estar sempre junto com Orunmilá. Faz parte do conjunto de "Santos Guerreiros" que são assentados na primeira iniciação.
- - Cargo de adivinho que só consulta o oráculo por intermédio dos búzios (Ori-ate = cabeça de esteira). A esteira aqui mencionada é uma referência àquela utilizada, obrigatoriamente, nos processos divinatórios de Ifá.
Xangô grita da mesma forma, quer seja no céu, quer seja na terra.
As folhas deste Odu são: Ewe tuko (Aristolochia trilobata, Lin.), Yila (Thumbergi fragans, Rosb.), ewe kawon (Tetracera volubilis, Lin.), ewe utí (Cuscuta americana, Lin.) e josoiyo (Stigmaphillum lineare, WR).
Quando este Odu surge para um Babalawo, ele tem que oferecer duas galinhas ao
seu Ifá.
Neste caminho Orunmilá tirou de Elegbara o direito de matar qualquer animal.
Recomenda ter paciência para não perder o que se possui. Se a pessoa está em dificuldades financeiras, seu ire ajê já está a caminho.
A pessoa sabe o que é hoje, mas desconhece o que será amanhã. Este Odu fala de feitiços e amarrações.
A pessoa é muito despreocupada. Tem que fazer as coisas completas, pois o Arajé é forte e obstinado.
Assinala que o Awo vai se separar de seus mais velhos. Traz mais influências de Egun do que de Ifá.
Quando sair para alguém na iniciação de awofakan, a pessoa não pode chegar a ser iniciada como Babalawo, pois Orunmilá está avisando que seus caminhos estão direcionados ao culto de Egun e de Orixá e uma incorporação ocorrerá a qualquer momento.
Este Odu preside as consultas com os espíritos.
A pessoa, para quem sair este Odu, tem que trabalhar e fazer consultas com Egun. Tem que colocar um vaso com água e perfume para seu Egun protetor.
Aqui, Agba Egun protege, com sua influência, a mente da pessoa.
Quando o Awo deste Odu oferece galinha a Orunmilá tem que, antes, salpicar ataré moído dentro do igbá.
Oferece-se dois ajá keke a Ogun.
O eleké do Awo deste signo leva um ekodidé amarrado. Dentro de seu Ifá tem que ter um ekodidé para cada uma das mãos.
Quando acender velas para Egun, Orixá e Orunmilá, tem que cruzar os braços e pedir as bênçãos de Awo Itana e de Awo Ikuku.
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