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OBARASÁ
REZA DE OBARASÁ
Obarasá kukute kuku adifá joko kunie, adifá joko koni nibóguelê aroro ló uró sikotá ekodidé, eiyele meji.
Este Odu é filho de Obará e Osá. Assinala escândalo e descrédito público. Ordena que se corra.
Aqui nasceu Egun Marilajé. Este é o Odu da porfia.
Seu ebó é feito numa panela de barro que se enterra no pátio para que traga sorte.
Depois de enterrada a panela tem que estar sempre cheia d'água.
A pessoa é perseguida por um Egun. Tem que averiguar o que deve ser feito para despachá-lo.
Neste caminho cobre-se Orunmilá com um pano branco, oferece-se um veado a Elegbara e coloca-se, junto dele, uma frigideira com água.
Para vencer uma demanda coloca-se, no quintal, uma panela de barro cheia d'água e com algumas moedas dentro.
Quando Aganjú foi parido, sua mãe Oro Inã, lavou-o com amasí de ewe atorí (Erva moura), afoman (Ficus liprieurii) e ewe karodô (Comelina elegans, H.P.K).
A pessoa não pode se descuidar, pois seus Arajés querem matá-la.
Marca enfermidade na garganta ou no esôfago ocasionada pelo fato da pessoa engolir os alimentos sem mastigá-los direito ou por engolir comida demasiadamente quente.
O gato roubou o peixe e, quando o estava comendo, o dono chegou. Para não ser descoberto o gato engoliu o peixe inteiro e, engasgado, morreu sufocado.
Orunmilá avisa que alguém fará com que a pessoa saia do trabalho ou do lugar onde
mora.
A pessoa tem que fazer limpeza espiritual em sua casa e, principalmente, em sua cama pois alguém soprou pó nestes lugares para lhe fazer mal.
Tem que passar um pombo em tudo e depois soltá-lo no alto de um morro. A pessoa faz-se de morta só para ver o tipo de enterro que lhe dão.
Joga-se mel na porta de casa para refrescá-la.
Na casa da pessoa ocorreu ou ocorrerá um roubo e o ladrão será descoberto, pois é pessoa que freqüenta a casa.
Alguém com feridas ou enfermidades nos pés só ficará curado depois que pagar o que deve a Obaluaye.
Existe uma criança doente.
A pessoa sofre descrédito público e pessoal. Tem que mandar rezar missa para as almas.
Para sair do atraso em que vive tem que seguir cuidadosamente todas as ordens e orientações de Orunmilá.
Não dorme bem à noite e às vezes acorda assustada e com vontade de sair
correndo.
Tem orgasmos dormindo.
Recado para a mulher: - Para poder casar pegue-se com Orunmilá.
Recado para o homem: - Sua mulher deseja abandoná-lo por não agüentar os maltratos que lhe impõe. Pare de maltratá-la para não perdê-la definitivamente.
TRABALHO PARA VENCER UMA DEMANDA
Preparar um omieró (perguntar quais são as folhas), colocar numa panela de barro em baixo da cama. Todos os dias, ao levantar, molham-se o dedo médio da mão direita no amasí e se toca na frente, atrás, no lado direito e no lado esquerdo da cabeça enquanto se diz: - Que todos os Eguns, de todas as partes do mundo, me ajudem a vencer (dizer o que).
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I I I I OBARAKÁ
REZA DE OBARAKÁ
Obara Kasiká legun omodé Olofin. Ika lele aramanama akatampó adifafun Oleyé, adifafun Exiyé omó Olofin Agboran limelé akati axetelewa Olofin. Xangô unbó wa belefunade Olofin lodafun agungun Orun ni malé.
Este Odu é filho de Obara e Iká.
Foi este Odu que, aconselhado pela mulher, negou comida a Orunmilá quando este foi visitá-lo.
As aparências enganam. A pessoa não é nada do que aparenta ser. A realidade é muito contrária às aparências.
Assinala traição dos filhos-de-Santo ou dos afilhados.
Olofin depositou confiança em Obaraká que, por ser vaidoso, o traiu.
Este Odu assinala que as pessoas recorrem e utilizam a ajuda dos adivinhos e, depois que se pegam servidas, saem falando mal por qualquer motivo e tornam-se suas inimigas.
Assinala que, nas consagrações de Ifá, a presença de Olofin é imprescindível. Obaraká atraiçoa a qualquer um que nele deposite confiança.
É neste caminho que as pessoa falam mal dos Babalawos depois de verem seus problemas resolvidos.
Orunmilá seguia por um caminho na companhia de sua mulher quando esta reclamou estar sentindo fome.
"Na primeira casa que encontrarmos pedirei alimento". Disse Orunmilá.
Um inimigo que a tudo assistia, adiantou-se e, chegando primeiro ao povoado alertou seus habitantes que pelo caminho vinha um casal muito perigoso que, depois de receberem alimento e pousada, roubariam tudo o que estivesse ao alcance de suas mãos.
Quando Orunmilá e a mulher chegaram foram expulsos a pedradas pelas pessoas que nem sequer os conheciam.
TRABALHO PARA OBTER UM MATRIMÔNIO
Dois galos, uma língua de gado bovino, um peixe fresco, 16 eleguedes, pó de ekú, pó de ejá, epô, mel e otí.
Sacrificam-se os galos para Elegbara, coloca-se um anzol na boca do peixe com um pedaço de folha de pita e se amarra na ponta de um caniço do tamanho da pessoa.
Assa-se o pescado e o caniço e se reduz a pó. Se a pessoa interessada for do sexo masculino, mistura-se o pó com talco de toucador para ser usado em todo o corpo, se for mulher, mistura-se ao pó facial para ser passado no rosto. Todos os demais ingredientes relacionados são oferecidos normalmente a Elegbara.
PARA AFASTAR OLHO-GRANDE E INVEJA
Coloca-se, dentro de uma panela de barro com tampa, nove pedaços de ekú defumado e nove acarajés. Coloca-se a panela em cima do telhado da casa da pessoa.
TRABALHO PARA LIVRAR DE UMA CONDENAÇÃO OU DE UM INIMIGO PODEROSO.
Coloca-se Orunmilá no chão e o Awo descreve, ao redor do ibá, um círculo de efun. Feito o círculo o interessado deverá saltar para dentro dele. Coloca-se em Orunmilá pó de ekú e de ejá, fecha-se o igbá e cobre-se com pano branco, deixando ali por três dias. Fala-se com Orunmilá o que se pretende obter e acendem-se duas velas. No terceiro dia, novamente dentro do círculo, dá-se obi-omi-tutu e duas galinhas pretas para Orunmilá. Despacha-se no local que for determinado pelo jogo.
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I I I I OBARATRUKPON
REZA DE OBARATRUKPON
Obara Tunbun niendé adifafun Babá Lontobi omá aretó yu ebó omá suneke nangá.
Este Odu resulta do encontro de Obara e Oturukpon. Aqui nasceu a inteligência de Obatalá.
Nasceu a prática do sexo oral feito pelo homem na mulher.
A mulher prefere ter o seu sexo beijado pelo homem do que ser penetrada. Deve casar-se com um homem bem mais velho que ela.
A casa está muito quente e tem que ser lavada com omieró de ewe dundun (sempre- viva), bredo (Amaranthus spinous) e iyefá.
Para melhorar de vida oferecem-se três galos ao caminho. Os galos tem que ser enfeitados com mariwo. Mistura-se ori, quatro grãos de ataré e pó de casca de ovo de galinha e se unta o corpo. Leva-se milho cru e, quando chegar ao local onde os galos serão sacrificados, espalha-se o milho no chão.
Sacrifica-se um galo para Xangô e uma galinha para Yemanjá. Antes do sacrifício colocam-se as aves na entrada da casa e saúda-se Elegbara e Xangô, coloca-se um pouco de iyefá e de mel em seus bicos e então se procede o sacrifício.
Oferece-se um cabrito ou um ajá a Ogun usando um obé e uma frigideirinha de barro novos. Na hora do sacrifício, recolhe-se um pouco do ejé do animal na frigideira e mistura-se com epô, mel e azeite de mamona para se acender uma lamparina para Ogun sempre que se quiser agradá-lo ou obter alguma coisa dele.
A pessoa se sente doente e por mais que vá ao médico não consegue descobrir qual é a enfermidade que a aflige. Tem que fazer ebó antes de ir ao médico. Só assim o mal será diagnosticado.
Se o cliente for mulher, seu homem nunca tem dinheiro. Seu marido tem que ser um
ancião.
Para que suas coisas se acomodem tem que fazer ebó sempre.
Alguém está fazendo um malefício para que a pessoa perca o emprego ou a posição.
A pessoa não deve comer na casa dos outros para que não lhe dêem algum feitiço no
alimento.
Tem que assentar Obaluaye, cultuá-lo e usar seu fio de contas. Tem que fazer Orixá para livrar-se da doença.
No seu corpo costuma aparecer caroços. Tem que cuidar do sangue. Não deve comer coco nem arroz.
Tem que assentar Elegbara e cultuá-lo. Tem que tomar borí.
Não pode batizar ninguém.
Para mulher: Problemas de hemorróidas.
Para homem: Cuidado para não perder a cabeça e violar uma donzela que freqüenta
sua casa.
Se for mulher grávida, no último mês de gestação tem que abrir um jogo e fazer o ebó que for por ele determinado, sendo indispensável a presença do pai da criança que está esperando.
Foi neste caminho que Ajapá Tiroko perdeu uma filha. Aqui nasceram a doenças dos cães como a sarna, a hidrofobia e outras.
Aqui nasceram a tragédias provocadas pela excitação dos seres humanos. Ensina que, neste caminho, Oiyá veste roupas com nove cores diferentes.
Quando surge este signo se dá peixe fresco a Ogun e duas galinhas para Orunmilá comer junto de Oiyá. Tem que perguntar onde serão despachadas as galinhas.
A pessoa não deve se impor pela força bruta. Não deve oprimir nem maltratar ninguém porque isto a levará à perdição.
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OBARATURA
REZA DE OBARATURA
Obara Kuxiyo aké euré ahoboni bo uro gulanda Barabaniregun Orunmilá Lorugbo. Exú elebó ounkó, ekodidé, eiyele, akukó, omi elebó, owo elebó.
Este Odu é filho de Obara e Otura.
Fala de caldeirões de bruxos, de macumbeiros e feiticeiros.
Aqui Oxun estava presa a um feitiço que a mantinha doente do sangue e da barriga.
A pessoa para quem sair este signo tem segredos na vida que não quer que ninguém
saiba.
Pode ter um filho fora de casa ou, se for mulher, ter praticado aborto em segredo para esconder uma relação secreta.
É possuidor de caráter muito forte e embora aparente o contrário, sua cabeça vive transtornada.
Intoxica-se com muita facilidade e constantemente.
Foi vítima de um feitiço muito forte que lha causou muitos transtornos na vida. Mandaram-lhe Eguns trevosos para que destruíssem seus sonhos e sua felicidade. Poderá ficar rica com negócios que envolvam câmbio de moedas.
Sofre das hemorróidas ou costuma sangrar por algum orifício do corpo.
Se for mulher, não deve relaxar com sua aparência pessoal por causa dos problemas da vida. Isto fará com que o marido a abandone.
Fala de dureza de coração. A pessoa conheceu bons e maus momentos na vida e isto tornou seu coração e seu caráter endurecidos.
As folhas deste Odu são o olobutoje (Pinhão de botija) e esclaviosa (Capraria biflora, Lin).
Embora seja ainda uma menina não é mais donzela e já fez aborto. Se seus pais descobrirem sua leviandade poderão criar-lhe muitos problemas.
Para livrar-se do feitiço que lhe fizeram a pessoa tem que ser limpa com uma franga preta que deve ser solta com vida dentro do mato. Depois tem que tomar banho de omieró de olobutoje (Pinhão de botija).
Neste caminho oferece-se, a Orunmilá, ewe onibara (Melão de São Caetano) com suas frutas. Quando as frutas se abrirem recolhe-se as sementes, faz-se pó com elas e as folhas, e se sopra na porta de casa para desenvolvimento financeiro.
A mulher abortou uma criança que era filha de Oxun ou de Yemanjá, por este motivo todo os Orixás estão de costas voltadas para ela.
Os espíritos das crianças mortas vêm lhe mover uma guerra. Assinala a chegada de uma boa notícia.
A pessoa chegou tarde a um compromisso e isto a prejudicou de alguma forma.
Para resolver qualquer problema, tem que pegar um melão, cortar em sete pedaços, oferecer a Ogun e tomar banho com a água que escorrer da fruta. Tem que esfregar ewe dundun (sempre-viva) nas portas de casa.
Tem que colocar, para Ogun, uma quartinha com água e farinha de milho e ter cuidado para que nunca seque.
Assinala uma guerra no caminho.
O filho deste Odu não pode pegar cabras de frente nem pela cauda a não ser se for oferecê-la ao seu Ifá.
O Iyefá deste signo se prepara com sementes de melão. Este pó também deve ser soprado em sua porta.
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OBARAKETE
REZA DE OBARAKETE
Obarakete Ifá Oni retewá adifafun axewitá intori Awá xobu lori okuni sini Olokun.
Este Odu é filho de Obara e Irete.
Quando a verdade chega; a mentira se envergonha e vai embora. Este Odu marca adultério.
O dono deste Odu tem que assentar Osain e Oduduwa com tudo o que tem direito. Tem que tomar banhos de omieró e beber um pouco do mesmo.
Não pode quinar ervas.
Neste signo Ogun não sai de junto do Awo de Orunmilá. Pode ser sua proteção ou sua destruição, dependendo se o Awo vive o ire ou o osogbo do signo.
Por este caminho o Ogun do Awo tem que viver no pátio, ao lado de Osain. Coloca-se um xeré em Ogun.
Orunmilá quinava ervas e Osain infectava seus filhos com doenças estranhas. Não se pode quinar ervas.
Aqui nasceu a cerimônia de consagração do Irofá. Nasceu a água potável.
Oferece-se a Olokun um jarro com rosas de várias cores, lírios e açucenas. Uma tigela com amalá e milho cozido. A tigela é enfeitada com fita azul-rei.
Prepara-se uma corrente de prata sacrificando-lhe um patinho novo.
A pessoa se limpa com um pato enfeitado com fitas azul-rei e azul celeste. Depois da limpeza, o pato é colocado com vida no mar.
A mulher deverá usar, durante sete dias, uma saia azul-rei com franjas brancas, um avental azul celeste e uma blusa branca.
Este é o Odu da vitória régia. Coloca-se esta folha fresca em Oxun cantando: - Unbelere awo abebe Oxun.
Em osogbo arun se faz ebó com dois pombos brancos e duas colheres de pau. As colheres serão colocadas no igbá do Orixá que se encarregar do problema.
Cobre-se Olokun com dezesseis folhas de vitória régia e dezesseis folhas de ewe karodo (comelina elegans).
A pessoa é indiscreta e conta tudo o que faz com as mulheres. Por este motivo o seu sangue poderá ser derramado.
A pessoa não se conforma com uma só mulher, tem a sua e não lhe dá assistência sexual, o que pode levá-la a ser infiel.
Não deve dar ouvidos a comentários para não se envolver numa desgraça. A pessoa é filha de Yemanjá.
Existe uma pessoa doente que poderá morrer. Evite o bisturi dos médicos.
Na casa da pessoa reina a discórdia. Uns querem uma coisa, outros querem outra.
Se a mulher do consulente for filha da Oxun, ele deve cuidar muito bem dela pois Oxun a confiou a ele para que a fizesse feliz.
Neste Ifá fala a cabaça que, por ser desobediente, afundou nas águas do rio.
A grande interdição deste Odu é que seus filhos; se forem de Xangô, vivam com mulheres da Oxun. Por ordem de Olofin só poderiam ser amigos.
Aqui nasceu o respeito que deve existir entre os filhos de Xangô e os filhos de Oxun. Obarakete tem que ter uma camiseta amarela com listras vermelhas.
Obarakete era um Awo que não queria saber de aprender Ifá e só andava sujo e mal
vestido.
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