I I I
I I I
I I I I
I I I ODIKÁ
REZA DE ODIKÁ
Odiká Okoloiu Opuá adifafun Orixaye tinxeme Aiyalorun. Obá nifá tinxemo Olofin Obá Orixaye adifafun Egun Oiyba Orun. Maferefun Xangô Orixaye, Obaye. Adifafun Oduduwa.
Este Odu ensinou o costume de apresentar os iyawos aos atabaques e a razão pele qual devem vestir-se de branco.
É resultado da interação de Odi e Iká.
Signo de disfarces. A pessoa entra na sepultura e torna a sair.
Por este caminho os Orixás pedem comida. Tem-se que dar duas galinhas a
Orunmilá.
É preciso ter muito cuidado para não sofrer acidentes com eletricidade. Tem que fazer orô para Yemanjá.
Este Odu é muito destrutivo e não possui cabeça.
Quando este Odu surge num itá, o Awo não deve marcá-lo, devendo substituí-lo, no opon, por Ogbetua ou Ejiogbe.
Quando surge num atefá, é substituído porque, na verdade, significa um aprisionamento.
Foi este Odu - ao dar borí, primeiro em Ejiogbe e em Ogbetuá e depois, em Ogundafun e em Osalogbe - quem ensinou aos homens os segredos desta cerimônia, assim como sua importância e necessidade.
As pessoas deste Odu tomam borí com água do mar e peixe seco. Depois, com as barbatanas secas do peixe do borí, faz-se um amuleto para segurança.
7 - Ogbetua : * |
* |
- Ejiogbe: |
* * |
* |
* * |
|
* * |
* |
* |
|
* * |
* |
* |
|
* * |
É um signo de imoralidades.
Seus filhos têm que fazer ebó constantemente para livrar-se de sua permanente influência negativa.
Determina que os morcegos, não importando onde vivam, têm que dormir de cabeça
para baixo.
Quando o Awo encontra este Odu para si mesmo tem que pegar um bastão de madeira e, às seis da tarde, levá-lo à beira do mar e, atirando-o às águas, suplicar a proteção e a ajuda de Olokun.
Um dia Odiká banhava-se no mar quando viu surgir uma cabeça das águas. No mesmo instante ouviu uma voz que dizia: "Eu sou Oduduwa e meu caminho está representado nesta outra cabeça!" Neste momento surgiu das águas outra cabeça, que era Odu. É por este motivo que Odiká é o único que tem o poder de ver as cabeças de Oduduwa e de Odu.
Quando surge este Odu numa feitura de Ifá, a pessoa tem que assentar Oduduwa antes mesmo de sair do Igbodun de Ifá.
Assinala atos premeditados.
A pessoa não tem pudor, pratica atos criminosos e é perseguida por sua própria consciência.
Assinala perda da razão, o que pode levar à indigência.
Disse Ifá: "O coelho é o rei das covas, por isto deve ser respeitado por todos, até mesmo por Ikú."
I I I
I I I
I I I
I I
ODISÁ
REZA DE ODISÁ
Odisá, Odi Mayere Mániania le yeré Iyalode mama wa ameiyá, wá yeré omó Oxunguere Iyá iedé babinú Omó Oxunguere fun mi xeré.
Este é o Odu das falsidades e dos enganos. É filho de Odi e de Osá.
A pessoa é vitima de feitiçarias e da ambição desmedida de outrem.
Um homem apaixonado faz trabalhos para amarrar a mulher amada, fazendo com que ela, mesmo contra a vontade, viva em sua companhia.
Um homem perdeu a mulher que queria e passou a viver com uma outra que é sua prima, enteada ou afilhada. Para livrar-se do problema, fez um trabalho para que esta mulher encontrasse outro e que, mesmo sem amor, fosse morar com ele.
Uma mulher vive com um homem de quem não gosta, visando apenas o seu dinheiro ou posição social.
Para solucionar grandes problemas, oferece-se carneiro capado à Yemanjá. Este é o signo do enforcado.
Assinala impotência sexual no homem.
Deve-se tomar banho de água com pó de efun e limpar a casa com beldroega e ewe agbe (echinops longifolius).
As pessoas deste Odu têm que acender lamparinas para Yemanjá, para que ela possa solucionar seus problemas.
Cuida-se dos espíritos de parentes mortos.
Assinala maldição lançada pela própria mãe, por um mal-feito qualquer. Tem que assentar Olokun.
Este é o Odu do espiritismo.
Proíbe que se faça favores a quem quer que seja.
As mulheres são o caminho da sepultura.
A pessoa tem que tomar, sempre, banhos de mar. É protegida por Yemanjá e por Olokun.
Não se pode comer manga, quiabo e feijão de casca vermelha. A sorte está no local de trabalho.
A pessoa gosta de roubar, é teimosa e persistente.
Este Odu exige que seus filhos respeitem e reverenciem todos os filhos de Yemanjá.
A pessoa vive brigando com o cônjuge e, se ainda está em sua companhia, é por causa dos filhos.
Tem que assentar Elegbara e Orunmilá.
Deve evitar caluniar ou roubar, para não ter que sair fugido de alguém, ou ver-se impedido de freqüentar algum lugar.
Deve oferecer, à Yemanjá, uma galinha com farinha de milho bem fina. O bem chega pelo mar.
Odisá não tem direito de receber Olofin.
O awo deste Odu não procria em Ifá. Não pode fazer afilhados e, se os faz, Orunmilá não os reconhece como iniciados, a iniciação é uma farsa.
As pessoas deste Odu são farsantes e gostam de usar os outros para atingirem seus
objetivos.
Aqui nasceu a megalomania. A pessoa tem mania de grandeza, quer ser a maior em tudo, suas coisas têm que ser maiores e melhores que a dos outros, mas tudo isto é fruto de seu desequilíbrio mental.
Está a um passo da loucura e não sabe reconhecer qualidades nos outros.
São exibicionistas e falam demais, não exitando em mentir para exaltar seus poderes. Têm que retratar-se para não terminarem sozinhos e abandonados na velhice.
EBÓS DE ODISÁ
- - Um galo, água do mar, flor-d’água, ewe eran (Cleusine índica, L. Gaartah.), vários tipos de cereais, batata (Edulys, Choisi.) e diversos panos.
- - Dois galos, água do mar, folhas, mel, contas, panos, dois pombos, água de lagoa, um tamborzinho, terra de casa, ewe odundun, ewe ewe (Mirabilis jalapa, Lin.), ewe imo (imo de Oxun), romerillo (espécie de planta silvestre, excelente para pasto e para uso medicinal) e moedas.
- - Um galo, uma galinha, um pombo, quatro pintos, uma gaiola, penas de gavião e moedas. Sacrificam-se os bichos para Elegbara, colocam-se as penas e tudo o mais na gaiola e despacha-se no lugar determinado pelo jogo.
- - PARA AGRADAR OGUN
Um galo, um alguidar, sete ovos de galinha caipira, um obí, dendê. Escrever nos ovos as coisas e os nomes das pessoas que estão atrapalhando. Colocam-se os ovos dentro do alguidar, sacrifica-se o galo no igbá de Ogun, coloca-se no alguidar sobre os ovos e despacha- se numa linha férrea, sobre os trilhos, para que o trem destrua tudo.
I I I
I I I I
I I I
I I I ODITURUPON
REZA DE ODITURUPON
Odibatrupon Yabolé apu eté axikale xeyé, axikale kilé foloni owó kilé otó.
A união familiar é assegurada por este signo.
É o resultado do encontro de Odi com Oturukpon.
Tudo o que é feito aqui, é fiscalizado por alguém no outro mundo.
Se este Odu trouxer osogbo arun, o doente só ficará bom por um milagre. Em ire indica muita alegria, uma verdadeira fortuna será encontrada.
Em osogbo ejó, a pessoa é muito faladeira e deseja conquistar todas as mulheres.
Deve tomar cuidado para não sofrer agressões físicas e bruxarias.
Aqui nasceu o tambor de Yemanjá.
A pessoa é órfã e foi criada por uma filha de Yemanjá.
Tem que respeitar muito o padrinho, a madrinha e principalmente a mulher que o
criou.
Quando este Odu surge para um enfermo, o Awo não pode fazer nada por ele, pois pode ocorrer uma troca - o doente se recupera e o Awo vai em seu lugar.
Neste Odu as úlceras são perfuradas dentro do corpo.
A pessoa tem seus pensamentos dominados pela maldade. Orunmilá avisa que um grande perigo ameaça sua vida.
Tem que fazer xirê em homenagem a Xangô, com fartura de comidas.
Em osogbo avisa que o Awo não deve assumir compromissos, pois ocorrerão sensíveis mudanças.
Assinala dores no abdome e no corpo, principalmente durante a noite.
Exige união de todos e determina que, se alguém se separar, não deve ser pranteado caso venha a morrer.
Não se deve criar filhos dos outros porque, depois que crescerem, não reconhecerão o bem que lhes foi feito.
Assinala influência de Eguns obsessores provocando doenças nas pernas e na
barriga.
A pessoa tem que cultuar Yemanjá, banhar-se nas águas do mar e dar-lhe presentes para que o mal se afaste.
Para ter prosperidade na vida, tem que oferecer um galo a Xangô.
Neste caminho Orunmilá recomendou ao homem que fizesse ebó com folhas da guiné, mas sua recomendação não foi atendida. A mulher, mais diligente, fez o ebó.
É por isto que os homens são atraídos e desejam tanto as mulheres.
A pessoa tem que tomar banho com amasí de erva cimarrona (Mouriri acuta, Gris., cundiamor (planta trepadeira da família das corcubitáceas, de flores semelhantes aos jasmins) e colônia. Depois, com o mesmo banho, lava-se a casa.
Se for viajar, a pessoa deve fazer ebó antes, para que retorne em paz.
Pega-se dois cocôs, pinta-se um de azul e o outro de branco. Deixam-se os cocôs em casa durante sete dias, com uma vela acesa, pedindo-se, todos os dias, aquilo que se deseja obter. No sétimo dia entrega-se a Yemanjá e a Olokun, nas águas do mar.
I I
I I I I
I I I
I I
ODITURÁ
REZA DE ODITURÁ
Odi Atakofenió, Idi atá kole eiyn aparo oun tufujé loiun si adifafun Obalaxé lebó. Adifafun Orunmilá. Lodafun Obatalá. Orunmilá lorugbó, eiyele lebó.
Este é um Odu de vícios e aberrações sexuais.
Aqui os homens praticam sexo com cabras e galinhas e, as mulheres, com cães e
macacos.
É filho de Odi e Otura.
Aqui nasceu a queda de todas as coisas, em todos os aspectos. As coisas desmoronam.
Indica que a pessoa trocou a sopeira de Orunmilá, mas que ele quer voltar à sua antiga casa.
Conta que Orunmilá ficou cego sendo, a partir de então, guiado por sua mulher. Neste Odu o animal sempre encontra seu alimento.
É caminho de Logunedé, filho de Oxun e de Odé. Vive seis meses nas águas e seis meses nas matas. Orunmilá iniciou-o em Ifá.
Fala de pessoas efeminadas que querem ser iniciadas em Ifá, envergonhando seus
padrinhos.
O okpele deste signo é feito de iguí ayirê (seso vegetal) e é lavado com omieró de prodigiosa, maravilha, cundiamor e bejuco (cipó cujos talos compridos e flexíveis se estendem pelo solo ou agarram-se em outros vegetais). Come galo e etú no igbá de Xangô.
O iyerosun é feito com sementes de sese vegetal, cabeça de ejá-oro, pó de inhame, broto de folha de mariwo, obí seco ralado, erú (bejerekun), orogbo, Osun e pó de gameleira branca (Baphia nitida).
Aqui nasceu o descontrole sexual e a profanação do sagrado respeito filial. Pais fazem sexo com as filhas, filhos com as mães e irmãos com irmãs.
As mulheres gostam de admirar os próprios seios refletidos no espelho e se excitam com isso. Vivem enamoradas do próprio corpo e só são felizes se tiverem pelo menos três homens.
Assinala dores no peito e nas costas ocasionadas por problemas cardíacos. Em casa todo mundo dá ordens e quer mandar ao mesmo tempo.
Se a mulher estiver grávida tem que fazer ebó para que não venha a morrer durante o
parto.
A pessoa é, ou deseja ser, chefe de alguma coisa.
Tem que dar um presente a Obatalá para melhorar sua sorte.
É preciso cuidado para que as coisas mantidas em segredo não sejam descobertas. Deve-se ter uma franga vermelha solta no quintal de casa.
Não se deve dar abrigo a estranhos para que a casa não se arruine. A pessoa tem que estar sempre atenta para não ser presa.
Tem que fazer Santo e usar sempre seus fios de contas. Obatalá escolhe a pessoa para preparar suas comidas. Tem que, diariamente, dar graças a Obatalá.
Não deve batizar ninguém, pois a inveja criará um grande aborrecimento entre os compadres.
A pessoa sente-se mais atraída pelo espiritismo do que pelo culto aos Orixás.
Neste Odu o cabrito queria ser general e o galo queria ser rei e, por isso, foram transformados em esboce.
EBÓ DE ODITURÁ
Um galo, um osso de boi, um pombo, uma codorna, um trapo para secar o suor do corpo e um pedaço de carne bovina.
Passa-se tudo no corpo, sacrifica-se o galo e a codorna, e solta-se o pombo com vida. Em seguida limpa-se o corpo com o trapo, coloca-se tudo dentro de um alguidar, o pano por cima, e despacha-se num lugar onde algum bicho possa comer o ebó.
I I
I I I
I I I I
I I
ODIRETÊ
REZA DE ODIRETE
Odirete Awari Odi Olowó axukpa odoloro odiguim odafun Orunmilá orubó.
Por este caminho Orunmilá come no alto e a pessoa que lhe der comida deve, no dia que o fizer, comer sentada num banco suficientemente alto para que seus pés não toquem no solo enquanto se alimenta.
Resulta do encontro de Odi com Irete.
Neste caminho, o touro, por fazer favores ao cão, tornou-se escravo para sempre. Assinala fome e troca de cabeça.
Acusa a existência de feitiço para amarrar a pessoa.
O Awo tem que ter cuidado na adivinhação. Não pode falar tudo o que vê para não criar problemas, nos quais, estará envolvido.
Quando fizer ebó por este caminho para uma pessoa iniciada, o Awo tem que fazer antes para si próprio, para não adquirir negatividades.
Determina que o homem não pode viver na companhia de uma mulher que tenha problemas nos órgãos sexuais para que sua potência não seja afetada.
A mulher possui um sinal nos órgãos sexuais ou numa das nádegas, que costuma admirar com o auxílio de um espelho.
Tem dois homens ou relaciona-se com um homem que tem duas mulheres. Neste Odu faz-se trabalhos de amarração com pelos pubianos ou das axilas. Orunmilá fica em cima de um catre e come em cima de uma mesa.
Oxun acompanha a pessoa garantindo-lhe boa sorte.
A amante do homem, que é casada e vive com o marido, terá um filho seu, e tudo será descoberto.
O homem é alvo de zombaria. Deve receber Orunmilá, pois só assim será respeitado.
Tem que ter cuidado com ferramentas de trabalho que poderão ocasionar-lhe ferimentos graves. Para que isto não aconteça, faz-se ebó com as ferramentas.
Deve prestar muita atenção ao subir ou descer escadas. Um tombo de uma escada poderá ocasionar sua morte.
Seus fios-de-contas devem chegar ao umbigo. Tem que cultuar Ibeji.
Corre o risco de assumir paternidade de um filho de outro homem. Tem fama de ladrão.
Se for mulher, tem que fazer ebó para poder ter filhos.
Tem que sacrificar um galo para Exú e tomar borí sentada num banco alto, oferecendo etú meji à cabeça.
Se a pessoa sofreu uma amarração, retira-se um pouco de sebo do eixo de uma carroça, ferve-se misturado com azeite de dendê, coloca-se dentro de uma cabaça e oferece-se à Exú para que a amarraçäo se desfaça.
TRABALHO PARA DESMANCHAR FEITIÇO
Três sementes de ataré, terra de dois morros diferentes, casa de marimbondo, sete pedras de sal grosso, gergelim (planta herbácea da família das sesâneas)
EBÓ
Um galo, duas galinhas, uma cabacinha, feijão fradinho torrado, fumo de rolo desfiado, uma escadinha em miniatura e dois lenços.
Passa-se tudo na pessoa diante de Elegbara, sacrifica-se sobre o igbá e despacha-se no local determinado pelo jogo. A escadinha permanece em Elegbara.
EBÓ EM ODIRETE
Um galo, um cabrito, sebo de roda de carroça, corrente de prender cachorro (usada), corda de amarrar boi (usada), pelos de boi, pó de ejá e de ekú, epo-pupá, otí e mel. Tudo é oferecido para Elegbara.
I I
I I I I
I I I
I I I ODIXE
REZA DE ODIXE
Odixe, Idi Xe oun babalawo bombô xeketé, xeketé bombô.
Este Odu é filho de Odi com Oxe. Assinala infidelidade por parte da mulher.
Se a mulher estiver grávida tem que fazer ebó para a criança nasça com saúde e não morra precocemente.
Tem que oferecer comida à terra.
Neste Odu a galinha punha ovos acreditando que ganharia pintinhos, sem saber que os insetos os comiam por baixo.
Assinala roubo contínuo, ás escondidas.
A pessoa deve viver só, pois seus irmãos podem destruí-la.
Mostra que a pessoa não admite ser do Orixá que é na verdade, preferindo pertencer a um outro que cultua como se fosse seu.
Sua vida não progride, tem que pedir perdão ao seu Orixá e passar a cultuá-lo. Tem que dar comida aos Orixás e aos Eguns.
Assinala enfermidades estomacais e renais, problemas endócrinos que impedem a geração de filhos.
Assinala entupimento das veias, trombose.
Se for homem, pairam dúvidas sobre sua moral. A pessoa vive envolvida em guerras e bruxarias. O mal está na casa da pessoa.
Neste Odu os homens choram. Aqui o galo chorou pelo que lhe fizeram seus inimigos e Orunmilá, condoído com seu sofrimento, ajudou-o.
Neste Odu, a galinha, desprezando o galo, preferiu casar-se com o faisão.
Este Odu destrói a pessoa que, para poder vencer, tem que transformar-se num rei.
0 comentários:
Postar um comentário