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OGUNDAKETE OGUNDARETE
REZA DE OGUNDAKETE
Ogunda Kete gumigui Awo Ori ara akanaribo wo Ori axi tentere Awo oun meteta ni xoma Ikú Ifá Orunmilá.
Este Odu é filho de Ogunda e Irete.
Aqui falam as leis da moral que rege a vida.
Deve-se evitar andar com Awo que tenha este Odu Ifá, para que ele não roube a sorte da pessoa.
Dois mortos vivem nas costas da pessoa em busca de um terceiro. Assinala pouca firmeza de caráter na pessoa.
As pessoas deste Odu são teimosas e obstinadas. Não aprendem nada com os seus erros nem com os erros alheios e, por este motivo, repetem seus erros e se perdem pelos caminhos.
Ogundakete é um signo de traição, ingratidão, derramamento de sangue e ambição sem limites. Seus filhos, para alcançarem seus objetivos não hesitam em cometer todas as baichesas imagináveis, desconhecendo amigos, parentes e afilhados.
Têm que tomar borí com peixe fresco.
A pessoa pode morrer pelas mãos de um amigo.
Para prosperar na vida deve criar pombos. Na medida em que os animais forem se multiplicando, a vida da pessoa vai evoluindo em todos os aspectos.
A mulher que agora está vivendo com o marido da consulente foi ajudada por ela numa enfermidade e, em sua própria casa, começou a relacionar-se com seu marido.
A mulher que se consulta sofreu uma intervenção cirúrgica e, por este motivo, não pode ter filhos.
Seu marido tem outra mulher e filhos com ela. Um destes filhos tem o nome do pai.
A mulher, para combater a frigidez, tem que lavar seus órgãos sexuais com buchinha do norte, ewe re (Rosmarinus officinalo, Lin.) e gema de ovo.
Tem que colocar, em seu Elegbara, um chapeuzinho de mariwo, um macete de madeira e três cravos de linha de trem.
Não deve dar nem emprestar suas roupas e seus chapéus. Não se pode ter em casa, animais com coroa.
A pessoa tem três inimigos que a querem destruir. Deve usar sempre, chapéu ou lenço de cabeça.
Tem que tomar borí com peixe fresco.
Cuidado com uma briga que poderá chegar à agressão armada. Os inimigos mais fortes são do sexo feminino.
O Awo tem que usar gorro branco e tomar banho com flor de ewe re.
Aqui Orunmilá ficou cego e Ogun escureceu o céu. Tem que dar veado para Ogun.
A pessoa tem que fazer ebó com um pombo, completamente despida, diante do Orunmilá do Awo.
O homem não deve comer doces para não ser dominado pela mulher. Aqui nasceu o homossexualismo ativo e passivo.
Nasceu a sodomia.
O Osain de Ogundakete é montado dentro de um crânio de veado com ekú e demais ingredientes. Tudo é colocado dentro de uma panela de barro que se enterra num buraco no solo.
A pessoa pode estar sob a influência de Egun Adodi (homossexual). Tem que fazer
ebó.
Neste caminho não se acredita nos Babalawos. Aqui nasceu a separação religiosa.
Quando se dá entrada4 a Orunmilá, lava-se tudo com omieró de ewe re.
- - Cerimônia que se realiza quando o assentamento de Orunmilá é levado para a casa da pessoa que o recebeu.
Este Odu pode levar seu padrinho à miséria.
Aqui nasceu o segredo e a cerimônia do selamento do idí.
Nasceu a proibição dos babalawos iniciarem homossexuais em Ifá. Neste caminho Obatalá come junto com Orunmilá.
O awo deste Odu tem que ter um pedaço de iguí irôko em cada uma das suas mãos
de Ifá.
Assinala falta de caráter na pessoa e de mulheres que criam grandes problemas. Neste caminho Ogun e Oxóssi andavam sempre juntos.
Este Odu explica porque os homossexuais têm um grande poder de assimilação dos segredos da religião, mas suas consagrações, mais cedo ou mais tarde são prejudiciais para eles mesmos.
O babalawo, por razões estranhas à sua vontade, faz Ifá a um homossexual.
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I I I I OGUNDAXE
REZA DE OGUNDAXE
Ogunda Monixe Olofin oun obe kaferefun Orunmilá, Olofin, Exú, Xangô ati Obaluayiemi.
Este Odu é filho de Ogunda e Oxe.
Por ele fala a palavra sagrada de Olofin.
Tem que se assentar Orunmilá, Oxun e Ogun.
Neste caminho Ogun foi descriminado, por este motivo, Ogundaxe não tem direito de fazer matanças.
No kuanado do Awo deste Odu as facas são de madeira.
Este Odu determina que o Awo possa receber Olofin em qualquer idade.
Quando este signo surge numa cerimônia de iniciação de Ifá, o padrinho não entrega Orunmilá ao afilhado. Coloca-o sobre uma esteira para que o afilhado pegue-o com as próprias mãos.
Assinala dívida com Orunmilá.
Quando surge em atefá, pega-se uma panela de barro cheia de água, acende-se uma brasa bem grande e apaga-se na água da panela.
Depois de terminada a última cerimônia do itá, sacrifica-se um ajapá na porta do quarto onde foi feito. Todos os babalawos presentes pisam com os pés descalços no ejé derramado e vão embora, não podendo voltar mais à esta casa neste dia.
Sacrifica-se um pombo a um pé de cana-brava, pedindo a Nanã Burukú e aos Eguns que livrem de qualquer tipo de demanda.
Quando se faz ebó por este caminho a pessoa tem que levar um casal de pombos brancos a uma floresta e ali, aos pés de uma árvore, sacrificá-los, rogando a Olofin que lhe conceda tudo de bom.
Neste Odu há um rei que perde a cabeça.
Assinala desentendimentos e má interpretação de atitudes ou palavras.
O afilhado e o padrinho devem ter Oduduwa e Iyansã assentados. Tem que hastear, em casa, uma bandeira branca e vermelha.
Colocam-se flores de flamboaiyant atrás da porta.
Quando este Odu surge na consulta de qualquer pessoa, indica que ela tem que fazer Ifá para salvar-se.
Aqui nasceu a hipocrisia e a máscara de Oiyá. É um Odu de mascaramentos. A curiosidade pode levar à perdição.
Fala de curiosidade na mulher.
Assinala problemas de menstruação e tumores nos seios.
Por este signo, a pessoa, partindo do nada, pode chegar a ser rei. Acusa problemas cardíacos.
EBÓ EM OGUNDAXE
Três frangas, três pombos, três máscaras, um peixe fresco, um obé de madeira, um obé de aço, um otá, pano, pó de ekú e pó de ejá.
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OGUNDAFUN
REZA DE OGUNDAFUN
Ogundafun wewe yeye, wewe yeye oni rewó omo Osain kuelese kan kuelese meji. Obaiye Orunmilá wewe yeni Orunmilá onibarabá niregun.
Este Odu é filho de Ogunda e Ofun.
Leva um bonequinho vestido com roupas usadas da pessoa. Tem que lavar a cabeça com otí.
A mulher que se consulta deve ter cuidado com seu casamento, pois não ama seu marido. Em decorrência disto, vive criando aborrecimentos e brigas. Depois de uma briga o marido poderá abandoná-la.
É exigente em tudo, principalmente em relação ao sexo. Pode criar um quisto nos órgãos sexuais.
Deve cuidar melhor da saúde.
O marido não quer que trabalhe e Oxun e Orunmilá também não.
O marido tem ciúmes de um axé que a mulher possui e deseja desfrutá-lo sozinho. A mulher possui o dom de adivinhação e outros poderes parapsicológicos.
Tem que assentar os Guerreiros.
Por este caminho nada se preserva; tudo se destrói. É um Odu de guerras e o homem deve ter cuidado, pois sua vida está ameaçada.
A pessoa tem um problema nas vistas que pode ocasionar cegueira total. É tratada por todos com hipocrisia.
Alguém procura vestir-se igual á pessoa para colher a sua sombra. A mulher busca o oráculo para saber se o marido é infiel.
Esta mesma mulher conhecerá três maridos. Tem que trabalhar espiritualmente.
Este Odu assinala gravidez.
É o signo do macaco. A pessoa deve ter cuidado com uma menina que lhe trará problemas com a justiça.
O capitão vai a guerra, mas o general não o perde de vista. Ensina a ser vigilante. O orgulho e os caprichos levam a pessoa à perdição.
A pessoa deseja ser ou fazer o que não lhe é de direito. Este Odu proíbe que se coma mariscos.
Quando este Odu surge numa consulta, o Awo que o sacou tem que fazer rogação para a sua própria cabeça para livrar-se das negatividades do cliente.
Quando sai para um menino ou para uma menina, tem que fazer Ifá o mais rápido possível, pois a criança é filha de Orunmilá.
Sendo menino terá que ser babalawo, sua cabeça é muito grande e nasceu para ser
adivinho.
Se for menina, nasceu para ser apetebí. Orunmilá a escolheu quando ainda estava no ventre de sua mãe.
Independente do sexo; têm uma marca no céu da boca. Os pais têm que fazer ebó para que não venham a morrer.
A mãe desta criança poderá gerar Abíkú. A criança tem que usar um idefá para que isto não aconteça.
Assinala dívidas com um parente morto, missas ou preces. Aqui se deu a disputa entre o céu e a terra.
Quando se faz o ebó deste caminho, o ori do bode deve ser enterrado para que o doente sobreviva.
A pessoa deve falar menos e agir suas coisas com mais calma para alcançar suas
metas.
DESVENDANDO OS SEGREDOS DE IFÁ PARTE X
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OSÁ MEJI
REZA DE OSÁ MEJI
Osá Meji Ifá joko adafun Ogue dire iyun kode akasa fará tefiko digbe kale Ifá.
Babá buru bururu bala foxê efan Babá obaragadá omó odo bani inundie Oparaká enu Orun koji nasileeni bana adifafun Oke nigba bofe re fefe Legba enibara lagbe lejé eiyelé meni axetin beleré aunko anunse epô lorubó.
Osá Meji é um Odu feminino, filho de Eiyjé e Ogué.
Seus filhos são revoltados e um tanto trágicos, gostam de imiscuir-se em assuntos dos outros e vivem inventando coisas absurdas.
São como o vento, cada dia virados numa direção e se não colocarem as coisas em ordem, ficam sempre no ar.
Rege as relações entre a Terra e o Sol e a Terra e a Lua.
Não diferencia ricos de pobres, nobres de plebeus. Rege o sangue e todos os homens, porque possuem sangue, estão sob sua influência de forma idêntica.
É a representação do Mundo dos Espíritos.
Representa o domínio da mulher sobre o homem e por isto todos os trabalhos de amarração de homens são feitos através dele e sua figuração indicial deve ser traçada no local onde serão feitos os sacrifícios necessários.
Ajés1
É o Odu da magia negra e da bruxaria, caminho predileto para comunicação das
Osá Meji proporciona fortuna, mas a pobreza persegue a pessoa.
- - Espíritos de hierarquia inferior aos Orixás e que se utilizam do poder feiticeiro existente em todas as mulheres para a prática da bruxaria.
Os filhos deste Odu sobrevivem aos seus irmãos e participam de seus funerais. A mulher para quem saia este signo em Akofá pode morrer na prostituição.
Aqui nasceram os glóbulos vermelhos do sangue, os chifres dos ruminantes, os musgos, a abertura dos olhos, os órgãos internos das mulheres, os intestinos, as amígdalas, as sudações entre as pessoas, a hipocrisia, os pólipos uterinos, a artrite e o Axé de Xangô.
Por este caminho falam Oduduwa, Egun, Oiyá, Aganjú, Obatalá, Osain, Iroko, Iyami Aje e Oxun.
Assinala problemas de saúde relacionados com o sangue, paralisias, artrites, suspensão ou excesso de menstruação, hemorragias de todas as origens (principalmente as vaginais), inflamações da garganta, tuberculoses, úlceras intestinais e hemorróidas.
Rege as orelhas, as fossas nasais, os olhos, as pernas, os braços e o aparelho genital feminino.
Suas folhas são: sempre-viva e malva.
Assinala traição, viagens, prisão, inveja, obtenção de alguma coisa e vitória nos
objetivos.
Aqui nasceu a incorporação do Orixá em seus filhos.
Nasceu o intercâmbio e a troca de mercadorias em substituição ao dinheiro. Nasceu o veneno da tarântula e o segredo da canela.
Neste caminho fazem-se oferendas e acendem-se velas para as árvores, pois é através deste Odu que os espíritos das árvores inspiram e orientam os homens.
Nasceu o intercâmbio cultural que permite a troca de conhecimentos e experiências entre os povos de diferentes costumes.
Aqui nasceu o cheiro característico das vulvas que, atraindo aos homens, faz com que sintam vontade de beijá-las e introduzir-lhes suas línguas.
Assinala neurastenia e enfermidades nos ossos.
As pessoas não queriam cultuar os Orixás que, por este motivo, obtiveram permissão para tomarem suas cabeças.
Ojijí2.
Neste Odu falam três espíritos que existem em cada pessoa: O Iporí, o Orixá e o
Fala de falsidade e de inveja. A família é a pior inimiga da pessoa.
Este signo fala de descrédito, de ostentação de sabedoria e de delírios de grandeza. Neste caminho Oxun entrega seu filho à Yemanjá para que o salve.
Aqui a mãe, para que seu filho não passe pelas dificuldades que ela própria está passando, entrega-o para que outra pessoa o crie.
A pessoa deve ir à uma praia levando um ramo de flores, contar à Yemanjá suas dificuldades e oferecer-lhe as flores sem nada pedir. Yemanjá irá ajudá-la.
Este Odu criou os glóbulos vermelhos do sangue.
Em osogbo arun pode falar de problemas mais ou menos graves no sangue, desde anemias e simples diabetes, até leucemia.
Foi aqui que a pomba transmitiu doença a Xangô.
Ogue3 possuía proteção contra feitiços e nenhum mal podia afetá-lo, por este motivo come os pombos que são oferecidos a Xangô.
O Awo deste Odu não deve comer nada que lhe seja mandado por outra pessoa. Deve pegar esses alimentos e colocá-los diante de Elegbara, recomendando-lhe que, se algum mal existir naquela comida, deve ser devolvido a quem o enviou.
A pessoa corre o risco de ser enfeitiçada pela comida.
- - Protótipo idêntico ao corpo físico, representado pela sombra projetada por este. O Ojijí seria o corpo telúrico, fornecido pela terra, e que funciona como uma espécie de guardião do corpo físico.
- - Orixá que acompanha Xangô e que, no seu assentamento, é representado por um par de chifres de touro.
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