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I I I I OGUNDAIWORI OGUNDA KUANEYE
REZA DE OGUNDAWORI
Ogundawori Ogunda Alapo Iwori Olofá kaxapo iyero adifafun akatampó tolosi iyawa eleye elebó. Akukó, ejá-oro lebó. Ogundawori Ifá lodafun Olokun kaferefun Xangô.
Este Odu é filho de Ogunda e Iwori. Quando surge prenuncia tragédias na rua.
Se repetir-se na consulta, assinala a existência de tumores ou quistos internos que exigem intervenção cirúrgica.
Aqui a barriga de Ogun foi aberta com um machete. Não se pode olhar para o Sol.
Neste Odu tem-se que festejar Elegbara com toque de tambor.
Tem que fazer ebó com duas galinhas vermelhas e sacrificá-las para Iyansan. Assinala uma tragédia dentro de casa.
Neste caminho Elegbara é enganador, tanto pratica o bem quanto o mal.
Assinala separação do casal. O homem fala bem da mulher, mas não suporta mais a convivência e acaba por abandoná-la.
Proíbe comer carne de veado, principalmente se a pessoa for filha de Yemanjá.
Quando este Odu sai em osogbo arun para a mulher, pode estar indicando câncer de
mama.
A pessoa não deve dar fotos suas a ninguém para não sofrer uma bruxaria. O mal que a aflige não tem cura.
Não deve permitir que pisem em sua sombra e tem que ter cuidado para que não a usem para fazerem um feitiço.
Não deve permitir brigas em sua casa nem participar delas para evitar a ira de Ogun que, intervindo, poderá ocasionar uma desgraça.
Alguém em sua casa, quando se embriaga, fica agressivo e ofende a todos. Não deve parar na rua ou em outro lugar qualquer para ver tragédias ocorridas. Deve mudar-se de onde vive.
Os inimigos colocam imundícies em sua porta. Não deve falar tudo o que sabe.
Seus pés costumam inchar.
TRABALHO PARA SEGURAR UM CASAMENTO
Prepara-se, primeiro, um pó com unhas e pelos pubianos do homem e da mulher, mistura-se a ele, pó de cabeça de ajapá. Coloca-se o pó dentro de uma panelinha ou tigelinha com tampa, escrevem-se os nomes do casal sete vezes numa folha de papel de embrulho, embrulha-se a tigela com o pó, coloca-se junto com o igbá de Xangô, reza-se Ogundayeku e Ogundawori e sacrifica-se um ajapá sobre Xangô e a tigela. Deixa-se de um dia para o outro com 12 velas acesas e despacha-se em um rio de águas limpas.
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OGUNDADI
REZA DE OGUNDADIO
Ogunda Abatambá Odi adalará adifafun Ayê nabi eiyelé, igbá ere, ewefá, akukó lebó.
Este Odu é filho de Ogunda e Odi.
O Awo não senta em cadeira sem fundo. Assinala que a mulher é infiel.
Aqui nasceu o temor provocado pela escuridão da noite.
A pessoa deste Odu não deve dormir em completa escuridão. Assim que anoitece deve acender uma luz para que os espíritos malignos não venham atormentá-la.
Aqui falam as ilusões perdidas. É um Odu de fracassos.
Tudo o que a pessoa sonha na vida não pode obter e, se conseguir realizar algum de seus sonhos, será por pouco tempo, pois logo verá tudo se desvanecer.
Neste Odu nasceram as mentiras e os enganos. O homem pode ficar impotente para o sexo.
Para evitar a impotência sexual, tem que fazer ebó com folhas recolhidas sobre um pano branco que se coloca num pé de iguí ofá (Ficus religiosa) para este fim. Somente as folhas que caírem com a face superior virada para cima são utilizadas, as outras são jogadas fora.
Quando quiser destruir um inimigo, recolhe um pouco de suas próprias fezes, junta pó de ekú, pó de ejá, milho vermelho e um papel com o nome e o endereço do inimigo, embrulha bem embrulhado e coloca na porta da pessoa que deseja derrotar.
Na casa onde a pessoa vive tem que ter duas entradas para que possa alternar o local por onde acessa sua própria casa, entrando, ora por um, ora por outro lado.
Neste Odu Exú fica parado na esquina, observando quem entra e quem sai de casa. Elegbara não está contente com alguma coisa que acontece na casa da pessoa.
Tem que se colocar franjas de mariwo na porta da frente de casa e trancas reforçadas na porta dos fundos.
A pessoa tem que oferecer quatro pombos pintados a Elegbara junto com Xangô para sua evolução financeira.
Pega os quatro pombos, lava-os com omieró de ewe ofá (Ficus religiosa), folhas de lírio e ewe eribo (mastruço - Lepidium virginicum, Lin.), fecha a casa toda e solta as aves em seu interior. Depois, pega os pombos, besunta-os de epô e efun e, só então, oferece-os em sacrifício a Elegbara e a Xangô.
O Awo tem que colocar, em cima de seu Ogun, um espelho forrado com pano vermelho e branco. O espelho deve ficar virado para frente do igbá.
O filho deste Odu tem que assentar Awán Ajonú, que se arruma dentro de um alguidar, modelando-se uma cabeça de barro cujo lado direito é masculino e o esquerdo é feminino. Dentro lava um pedaço de osso humano, uma cabeça de galo, uma de pombo, uma de etú, pó de ekú, pó de ejá, milho, vence demanda e comigo-ninguém-pode.
Consagra-se com o sacrifício de um ajapá e de um galo. Come com Xangô e
Elegbara.
Quando um oluwo encontra este Odu numa consulta para si mesmo, tem que oferecer um galo para Ogun e colocar na porta de casa pó de ejá, pó de ekú e epô.
Todos os ebós deste Odu têm que levar cabeça de galo.
Neste caminho, Exú Awán Ajonú, colocou uma máscara para destruir o mundo. É Odu de máscaras e disfarces.
A pessoa tem que levar seu Elegbara à praia e, ali, oferecer-lhe um galo que, depois de morto, será jogado no mar. Depois disto, toma banho de mar e leva um pouco de sua água para casa para banhar-se de vez em quando.
Quando este Odu aprendeu Ifá, brigou com seu padrinho e com quem o ensinou.
EXÚ ARIWO
Este Exú é assentado num boneco entalhado em madeira de iguí igbá (Ficus membranacea, Lin.). Sua cabeça deve possuir um buraco onde se coloca pós de cabeça de morcego, de cabeça de cobra, de cabeça de gato, de ekú, de cabeça de peixe fresco, de galo e de chifre de bode, além de terra de sete lugares distintos, erú, obí, orogbo, folhas de hera, de atori, de oxibatá, azougue, 21 grãos de ataré, pó de bronze, coral, âmbar, azeviche, marfim e um ikin. Depois de fechado, é colocado numa panela de barro dentro da qual se traça a seguinte Atena-Ifá:
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Em seguida leva-se o assentamento para o meio de um pé de cróton, envolve-se com mariwo, invoca-se Elegbara, tapa-se a panela e enterra-se. Decorridos 21 dias desenterra-se, pega-se a panela, leva-se a um cemitério e quebra-se em sua porta (somente a panela). Pega- se o boneco, lava-se com omieró de folhas de cróton e sacrifica-se um preá sobre ele. Coloca-se um saiote de mariwo no boneco com sete guizos de cascavel na cintura e está pronto.
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I I I I OGUNDA ROSO
OGUNDA KOROSO
REZA DE OGUNDAROSO
Ogundakoroso kukuté kuku adifafun eni tinxerú Osa ebebo lebó. Aiyonnú lebó abonun imbo ubé Osá olosú unxéwá gari adifafun la xude eti soman Orixá kivin eiyelé lebó, eure lebó.
Este Odu é filho de Ogunda e Irosun
É neste caminho que Ogun e Oxun andam juntos
Foi aqui que Yemanjá comeu carne de porco frita com rodelinhas de banana verde pela primeira vez. Oferece-se esta comida à Yemanjá.
Quando surge este Odu para um Babalawo ou para um Babalorixá, tem que oferecer dois pombos à cabeça, independente de trazer osogbo ou ire.
Este é o signo do pelicano.
Aqui é onde as aves, fortalecidas pela comida que lhes trazem seus pais, abandonam o ninho para nunca mais voltarem. Da mesma forma, os filhos se esquecem do sacrifício dos pais e, uma vez criados, vão embora para sempre.
Neste Odu o padrinho deve olhar bem seu afilhado que, depois de obter o que deseja, levanta vôo e não retorna.
A mulher deste signo só terá filhos homens. Ifá manda lavar as vistas com urina de nenen.
O segredo deste Odu é oferecer terra arada à cabeça. É um signo de chantagens. Aqui o galo virou galinha.
O rapaz ou a moça podem adquirir má fama por andarem na companhia de homossexuais.
Signo de vida desorganizada, não oferece estabilidade em nenhum sentido.
A mulher não respeita o marido e apanha dele. Os dois brigam como cão e gato.
O jovem pode ser chantageado por uma mulher com a qual praticou sexo oral. Assinala ineficiência ou falta de habilidade para realizar o coito.
A pessoa não sabe direcionar sua própria vida e por isto dependerá sempre de alguém que a oriente.
Assinala que a pessoa tem vontade de mudar-se do lugar onde vive ou trabalha.
A pessoa tem que tomar banhos de folhas de álamo recolhidas no chão. Só servem as que estiverem com a parte superior voltada para cima.
Quando este Odu surge em atefá, decorridos sete dias, sacrifica-se um cabritinho bem novinho à terra. Abre-se um buraco e se enterra a carne do cabrito fazendo orô para Ilê. A vesícula do cabrito é retirada e, depois de esvaziada e muito bem lavada, o Awo para quem surgiu o Odu tem que colocá-la na boca por alguns instantes para que mais tarde não venha a falar coisas amargas de seu padrinho.
O dono deste Odu pode ficar vesgo em decorrência de uma pancada ou alguma coisa que lhe caia na vista.
Quando Orunmilá vivia sobre a terra, as pessoas da casa onde morava, só por inveja, jogaram fora seu tabuleiro, seus iyés, seu irofá, seu okpele e tudo o mais que utilizava na adivinhação. Quando Orunmilá foi se consultar, surgiu este Odu avisando que ele estava convivendo com seus inimigos.
Dias depois uma das pessoas da casa adoeceu e solicitaram a ajuda de Orunmilá que, sem seus petrechos, nada pode fazer, não conseguindo salvar o enfermo que acabou morrendo.
A pessoa tem que prestar muita atenção para que alguém de sua própria casa não jogue fora suas coisas de Orixá.
Tem que ter cuidado com uma traição de alguém que pretende vê-lo preso ou despedido do emprego.
Este Odu proíbe a ingestão de bebidas alcoólicas. A pessoa assume a culpa de coisas que não fez.
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OGUNDAWÓNRIN OGUNDALENI
REZA DE OGUNDAWÓNRIN
Ogundaleni Anaraté adifafun eiyelé tinlósilé anué, eiyelé lebó, akukó lebó. Kaferefun Exú, Ogun ati Oxóssi.
Este Odu é filho de Ogunda e Owónrin. Não se troca caminho por vereda.
A pessoa não deve se meter no que não é da sua conta. Não deve nunca, apelar para a violência.
Terá que assentar muitos Orixás, principalmente Obá. Deve carregar sempre um fio de contas de Yemanjá.
Para ficar bom de uma enfermidade tem que colocar, diante de Orunmilá, uma quartinha com água de uma ferramentaria e um ovo de galinha. Tomar sete banhos com esta água e despachar a quartinha, com o ovo dentro, nas águas de um rio.
Não pode ter periquitos em sua casa.
Se for Awo, tem que colocar um escudo de ouro dentro de seu Ifá e um okpele de búzios do lado de fora.
Osain intervém neste caminho.
Neste Odu as pessoas têm que usar uma corrente, de qualquer metal, que tenha comido junto com Ogun.
Aqui nasceu a vagabundagem, a porfia e a desobediência. A pessoa se expõe à guerra com plena consciência.
O segredo deste Odu é colocar um cadeado de metal junto com a mão maior de Ifá. Ogundawónrin é a personificação da bondade.
É um Odu de poder de decisão. Oferecem-se três pintos a Elegbara.
Tomam-se banhos com omieró de isakó (Petroselinum, Benth & Hook.), peregun e ewe exin (maloja).
Ogundawónrin era traficante de otí e tantas foram as queixas que chegaram a Olofin, que este mandou que Elegbara o vigiasse.
Aqui fala Orona Apanada, espírito guerreiro que acompanha Ogun. Saído do mar, este espírito explora e reconhece os caminhos que Ogun irá percorrer.
Este Orixá é feminino e confunde os inimigos fazendo com que escolham caminhos
errados.
Foi neste Odu que Olofin fez com que o pombo perdesse a voz. A pessoa tem que cuidar da garganta para não ficar muda.
O Awo deste Odu não pode fazer Ifá em ninguém. Não pode iniciar ninguém no culto de Orunmilá.
Quando este Odu surge numa iniciação de Ifá, pega-se as ervas que sobraram do omieró, sacrifica-se um pombo sobre elas e faz-se tantos pacotes quantos forem o número de awos que participaram da cerimônia. Depois disto, cada Awo passa um amarradinho de ervas no próprio corpo e despacha no mato.
Fala de indigência por má orientação da própria cabeça da pessoa.
Pergunta-se se é preciso agradar o Elegbara da pessoa com quatro pintos que serão oferecidos numa estrada para onde o Elegbara será levado.
EXÚ AGOMEJE
Antes de assentar este Exú tem que se dar três etús a Xangô e depois, fazer ebó com uma franga que é despachada numa estrada.
Leva: Terra de sete caminhos diferentes, loaso (Amyris balsamifera) iroko, vence- demanda, iguisoro (Pera bumelifolia, Gris.), afoman (Ficus membranacea, Lin), tendebiyo (Guarea trichiliodes, Lin), palmeira, efun, osun, uáji, azougue, sete moedas correntes, sete moedas antigas, 21 grãos de ataré, pó de ekú, um okutá pequeno.
O okutá deve comer junto com Xangô, os três etús que lhe são sacrificados. Passam- se três pintos na pessoa, sacrifica-se e deixa-se o ejé correr sobre a massa. Modela-se uma cabeça e coloca-se uma faquinha no alto, um búzio em cada olho, um na boca e um cada ouvido.
Neste Odu Ogun tinha tanta força que seu pênis virou pedra.
O homem deste signo se enjoa rapidamente da mulher porque ela não o compreende nem o satisfaz.
Sua mulher e seus filhos são os seus principais inimigos. Este é o Odu da força sexual.
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