I I I
I I
I I I
I I
IRETESÁ IRETEANSÁ IRETETOMUSÁ
REZA DE IRETESÁ
Iretetomusá kere Awo mowaye omó Xangô. Omó Oiyá Ayeni Ifá oni Babalawo omó Obajonko banjoko. Ifá Bajoko, Orixá Bajoko, yenjoko jeni Ifá iyereni kaferefun Xangô, maferefun Orunmilá.
Este Odu é filho de Irete e Osá.
Este é um Odu de infelicidade. A pessoa nunca foi feliz e quando encontra a felicidade, não consegue mantê-la e a perde rapidamente.
A pessoa é maltratada física e moralmente por sua própria família que, em geral, não aprova sua opção religiosa.
Aqui nasceu a desfiguração da beleza.
Por este caminho o mais velho não vê o menor crescer. O padrinho não chega a ver seus afilhados plenamente desenvolvidos.
A manada tem que ser bem guiada para que não se disperse. Assinala deficiência hormonal num dos cônjuges.
A pessoa, mesmo enfrentando oposição da família, tem que dedicar-se à sua religião, pois só assim logrará ser feliz.
Tem que controlar seus desejos sexuais, escolher bem seus parceiros, para não adquirir sífilis que poderá causar-lhe loucura.
Deve prestar atenção especial com suas pernas para não adquirir nenhuma úlcera
incurável.
Se o pai já estiver morto, tem que buscar em Ifá, a forma correta de atender as necessidades de seu espírito.
Neste Odu coloca-se um pequeno tambor em Elegbara.
O osogbo deste Odu é a vaidade, por isto, o Awo deste signo não deve considerar-se melhor que ninguém.
Neste Odu a proteção vem da mulher, mas somente quando ela aceitar a religião do esposo, do contrário o casamento será um fracasso.
Neste Odu, ao receber awofakan ou akofá, se a pessoa não for feita no Santo, tem que assentar Oiyá. Se já for feita no Santo e não tiver Oiyá, deve assentá-la imediatamente.
Foi neste caminho que Olofin pediu a Xangô que fizesse ebó para salvar o mundo, tendo Oduduwa como testemunha.
Aqui se coloca uma mão de Ifá no igbá de Xangô para controle do poder.
Aqui Olodumare determinou que tudo o que existe sobre a Terra tem um tempo de vida e de duração, findos os quais, encontrará o seu fim.
A pessoa tem que tomar borí com ekú, ejá, ori e mel.
Para melhorar a situação, a pessoa deve colocar sete moedas na entrada de uma igreja, para que alguém as encontre.
Tem que evitar o excesso de bebida.
Aqui foi criada a parte da mojuba dos Babalawos em que se diz:
Axé bogbo Egun Ke Timbelorun. Axé Babá Ke Timbelorun.
Axé Yeye Ke Timbe Kirun. Axé Oluwo Ke Timbelorun.
Para se alcançar o poder, oferece-se quatro pombos ao Egun de Iyaré.
A mãe da pessoa tem que tomar borí com dois pombos brancos para que não morra em um ano.
Aqui fala de envenenamento por intermédio de frutas. Falam das baratas que podem trazer prejuízos à pessoa.
Quando este Odu surge em atefá, acende-se uma fogueira com distintos tipos de madeira dentro de uma mata, sacrifica-se um galo deixando seu sangue escorrer ao redor da fogueira e depois, joga-se seu corpo dentro do fogo. Quando tudo queimar, recolhem-se os ossos do galo para montar uma segurança para a pessoa para quem tenha saído. O padrinho e o afilhado devem beber água na mesma quartinha para que não venham a se separar.
SEGURANÇA DE IRETESÁ
Uma quartinha de boca larga, um ramo seco, terra de cupinzeiro, lama de rio e do mar, ewe dundun (sempre-viva), ajékobale (Cróton amabilis), orquídea, atiponlá, ewe tabaté, pó de cabeça de pombo, pó de cabeça de pato, pó de cabeça de galo, pó de cabeça de codorna, pó de cabeça de gavião e pó de cabeça de periquito. Enfeita-se a quartinha com contas pretas e amarelas alternadas.
A pessoa tem que ter muito cuidado para não perder papéis de valor. Tem que oferecer pó de ekú, de ejá e epô pupá para Ogun.
Não deve brigar para não ser abandonada pela sorte. Não deve sentar-se em cadeiras quebradas.
O que tem que fazer deve ser feito sem demora. Não deve pegar chuva.
Quando sair de casa deve acender uma vela aos Eguns para que não a perturbem em seu caminho.
Não deve assinar documentos sem antes ler bem a sua minuta. Não devem comer frutas que lhe sejam dadas.
Tem que assentar Oduduwa e Obaluaye.
Neste caminho Olofin tomou o oponifá de Xangô porque este só vivia metido em festas e orgias.
A pessoa não pode comer alimentos quentes, salgados e picantes. Leva a culpa de atos praticados por outros.
Deve oferecer um ajapá e um galo para Xangô e depois colocar amalá bem quente direto dentro do igbá. Despacha-se, depois de três dias, no lugar indicado pelo jogo.
Assinala doenças cardíacas. Caminho de Iyansan.
I I I
I I
I I I I
I I I IRETEKÁ
REZA DE IRETEKÁ
Ireteká omá ni ateká adifafun Inure, adifafun Ateká lebó, eiyelé, akukó lebó.
Este Odu é filho de Irete e Iká.
Assinala proteção de Oxóssi, Obatalá e Xangô. Aqui nasceram as figueiras e a meditação humana.
Neste Odu as pessoas se perdem pelo orgulho e a soberba.
O dono deste Odu, para sobrepujar seus inimigos, tem que assentar Osain com todos os fundamentos.
Todos os axés de segurança plantados por este caminho; têm que levar olhos de cobra e serem revestidos com pele deste animal.
Neste Odu os filhos de Xangô são escorraçados. Fala da luta da água com a areia.
Quando Olokun quis expandir seus domínios tentando invadir a terra com as águas do oceano, foi impedido por uma enorme formação rochosa.
Depois de consultar Ifá, e de acordo com suas orientações, Olokun ofereceu um ebó com um galo, um arpão, um anzol, uma vara de pesca e um samburá e, desta forma, as águas de tanto baterem contra as rochas, conseguiram pulverizá-las, transformando-as em areia, e assim, o mar estendeu-se um pouco mais sobre a terra.
Assinala que a pessoa vive uma luta constante pela vida e que não tem descanso nem de dia nem de noite.
Tem que assentar Olokun e as ferramentas do ebó ficam no assentamento. A pendejeira era doce, mas, para poder viver, teve que tornar-se amarga.
A pessoa, por possuir bom coração, só tem sofrido desilusões, assumindo cargas que não pode suportar ao tentar auxiliar os outros.
Tem que deixar de assumir os problemas alheios para ter um pouco de paz e tranqüilidade em sua vida.
Para as dores do peito, toma-se chá de folhas de pendejeira.
Assinala graves problemas familiares que só serão resolvidos se a pessoa, abandonando tudo, for viver longe de seus parentes.
A pessoa tem que aprender a não agir com soberba e violência, pois isto a levará à destruição total.
Existe uma coisa que a pessoa deseja obter e que só conseguirá com o auxílio dos
Orixás.
Tem que mudar sua maneira de agir em relação aos Orixás, colocando mais firmeza e assiduidade nesta relação, pois, a forma como vem agindo com eles não é satisfatória e só tem lhe prejudicado.
EBÓ EM IRETEKÁ
Um galo, abi weré (ybanthus enneaspermus), ferramentas de trabalho, água do mar, areia da praia, um pedaço de arrecife, osun, uáji, efun, obí, orogbo, pó de ekú e de ejá e muitas moedas.
I I I
I I I
I I I
I I I IRETEBATRUKPON.
REZA DE IRETEBATRUKPON
Iretebatrukpon Awo Guele, Awo Obadé aditá oun Oxá oguiriná tiô lo guiyá, tinlo bini omá bini omá guegueré ejélé lebó, owo la mefá tontiefá, eiyelé, akukó lebó.
Este Odu é filho de Irete e Oturukpon.
O dono deste signo é Obatalá Ajagunan.
Para prosperar a pessoa não deve comer inhame. Não podem comer galinha d'angola nem milho.
Está doente dos rins por vontade de Xangô e Elegbara.
Assinala que para nascer, o corpo humano recebe um espírito que Ikú leva na hora em que bem entender.
Os filhos deste Odu têm que assentar Oduduwa e Osain.
Neste caminho Osain come, de quando em vez, três pombos junto com Egun. Ogun e Xangô comem um galo junto com Elegbara.
Assinala agressão física da mulher contra o marido. Assinala impotência no homem.
A pessoa sofre dos rins, do estômago, dos intestinos e sente dores abaixo da cintura. Tem que oferecer um pargo à cabeça e ficar sete dias sem comer peixe.
Tem que bater folhas de bredo sem espinhos na porta de casa e depois sacrificar um galo para ela.
Tem que fazer ebó com uma galinha de cor que depois é cozida e levada para um rio.
Na volta a pessoa toma banho com omieró feito com cinco diferentes ervas da Oxun. Neste Odu devem-se sacrificar, de vez em quando, três pombos para Egun.
Conta que a berinjela, o quiabo e o tomate tinham um inimigo tão poderoso que não os deixava prosperar.
Preocupados foram consultar Ifá que lhes prescreveu um ebó que somente a berinjela e o quiabo fizeram.
É por isto que os pés de quiabo e de berinjela atingem uma altura muito maior que o
de tomate.
A pessoa tem que fazer ebó para livrar-se de um inimigo que não a deixa prosperar.
EBÓ
Um galo, duas galinhas, embiras, uma cesta, um otá. A pessoa entra no local onde será feito o ebó com o galo e as duas galinhas amarrados pelos pés com as embiras, e pendurados nos seus ombros e a cesta com a pedra dentro na sua cabeça. Coloca-se tudo no chão e procede-se ao ebó normalmente.
Fala de enfermidades na garganta.
A pessoa já não suporta mais a carga que leva sobre as costas. Tem uma coisa atravessada na garganta que não a deixa viver feliz.
I I
I I I
I I I
I I
IRETURÁ IRETESUKANKOLA.
REZA DE IRETETURA
Iretesuká apekankolá adifafun Akuperu oguere, odé obinin, kpaye obinin awá nifá Obarabaniregun mojeré ejebé. Ifá Orunmilá lorugbo.
Este Odu é filho de Irete e Otura. Assinala calúnias.
Obatalá se embaraçou nas ramagens de inhame que tinha plantado em sua casa e, por este motivo, desprezou a Terra.
Neste caminho o Axé de Osain ultrapassa Orunmilá. A pessoa tem cabeça de rei e cérebro de criança.
Este Odu é da Terra Madadá onde as pessoas não compreendiam o que falavam. Oduduwa e Orun tiveram que estabelecer seus cultos nesta terra onde vivia o povo denominado "Senalú" que, ainda hoje, fala uma língua que ninguém consegue compreender.
As pessoas deste signo sofrem muito por causa dos próprios filhos. Sofrem desgostos com seus compadres e comadres por causa dos filhos.
Não devem confiar seus filhos aos cuidados de ninguém para não perderem seu
amor.
Aqui a cotia queria saber o que Orunmilá falava e golpeou sua cabeça com o irofá.
É por isto que, no culto de Orunmilá, antes de se sacrificar a cotia, golpeai-se sua cabeça com o irofá para que fique tonta.
TRABALHO PARA CALAR A BOCA DOS INIMIGOS
Pega-se uma língua bovina, espeta-se 21 agulhas e pendura-se num pé de iroko, dizendo que ali ficam secando as línguas dos inimigos e pedindo a Xangô que se livre das mesmas.
Usa-se raiz de afomam para reter a evolução do câncer.
Assinala problemas nos Órgãos reprodutores da mulher que podem se manifestar em forma de quistos ou hemorragias incontroláveis.
Tem-se que assentar Ibeji.
Neste caminho a criada passa a ser senhora e dona de tudo.
A pessoa tem que ter cuidado para não roubarem suas roupas. Aqui Obatalá foi preso e amordaçado.
Oferece-se galo branco a Obatalá.
Tem que fazer ebó com uma cabeça de cotia.
Aqui o igbá de Oxóssi fica em cima de um pilão de amendoeira. Neste Odu Obatalá come peixe fresco com inhame pilado.
Orunmilá e Xangô comem juntos peixe defumado cozido com amalá.
Para fazer-se mal à uma pessoa neste Odu, pega-se um peixe fresco, marca-se Iretetura em seu corpo, tempera-se com muito ataré moído e oferece-se a Egun em nome da pessoa.
Para o bem, pega-se um peixe fresco, marca-se Iretetura, passa-se dendê, ori-da- costa e pó de efun, limpa-se o corpo da pessoa diante de Egun cantando:
Egun Baraniku,
Ikú Bawá ebanijé awayara, Ikú lade are Egun Agujerun awalere.
Depois disto, oferece-se o peixe a Egun com inhame assado, milho torrado e amalá
ilá.
0 comentários:
Postar um comentário