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I I    I I OTURUKPONKÁ

 

REZA DE OTURUKPONKÁ

Oturukponká Oturupando, Oturupanko, adifafun ana omó Ogun ke Akukó lebó. Ka Oturukpon ká adifafun Obá ounko, akukó lebó.
Oturukponká lodafun Ogun, Oxalá, Omó Olofin. Adifafun abure Omó Olofin.

 

Este Odu é filho de Oturukpon e Iká.

Foi por este caminho que a árvore iroko se negou a servir de cabo para o machado, sabendo que isto seria o fim de todas as árvores.
Assinala morte e destruição em família.

Para quem traga osogbo, esquenta-se um machado num braseiro e depois se esfria num recipiente com água fria. Um galo é oferecido a Ogun e um pouco do sangue é respingado dentro da água onde se esfriou a lâmina do machado. O machado será colocado no igbá de Ogun e com a água a pessoa tomará um banho.
Fala da mão de pilão que de tanto golpear, acaba rachando o pilão.

A pessoa é muito embrutecida, mas, de tanto apanhar da vida, acaba se disciplinando.
Aqui os filhos de Obatalá não tinham onde viver.

Para garantir a boa sorte, a pessoa pega um machado novo, lava  com omieró, envolve em pano branco e deixa oito dias nos pés de Obatalá. Depois disto, pega o machado, desembrulha e com ele, corta alguns pedaços de madeira de árvores de Ogun, (menos de iroko), e coloca em cima de Ogun, os pedaços de pau cortados devem ficar, também, dentro do igbá.
Aqui Osain e Ogun comem galinha d'angola.

O omieró deste Odu para banhos de limpeza, é feito com botão de ouro.


 

TRABALHO PARA A IMPOTÊNCIA

Pega-se um machado e esquenta-se no fogo até que a sua lâmina fique em brasa e desta forma, coloca-se em cima de Ogun. Puxa-se um pombo sobre o pênis do cliente de forma que o ejé corra sobre a lâmina em brasa dentro do igbá e um pouquinho dentro de um recipiente com água. Terminado o sacrifício o cliente toma banho com esta água.

 

EBÓ EM OTURUKPONKÁ

Um galo, uma galinha d'angola, uma cabaça, efun, osun, uáji, 16 grãos de ataré, quatro obís de quatro gomos (todos devem ser abertos), uma vela, dendê, folhas de cascaveleira, de ibajó, de alfavaca, um pano vermelho, um pano branco e um pano preto.
Abre-se a cabaça e limpa-se o seu interior. Por fora, pinta-se toda com pontos de efun, osun e uáji, forram-se com as folhas, sacrificam-se as aves deixando o ejé correr dentro da cabaça, retira-se as penas das aves sacrificadas e coloca-se dentro da cabaça, joga-se, por cima, os pedaços de obí, os grãos de ataré, pó de efun de osun e de uáji. Fecha-se a cabaça, embrulha-se nos panos seguindo a seguinte ordem: preto, vermelho e branco, deixa-se diante de Elegbara até que a vela acabe. Despacha-se nas águas de um rio e as carnes das aves recebem o destino determinado pelo jogo.


 

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OTURUKPONTURÁ OTRUPONTAURO

 

REZA DE OTURUKPONTURÁ

Otrukponturá ire nifá pori Ifá ni kaferefun Obatalá ati Xangô.

 

Este Odu é filho de Oturukpon e Otura.

Por este caminho chegam três sortes, Ire Omó, Ire Aje e Ire Arikú. (A sorte vinda através dos filhos ou descendentes, a sorte vinda através do dinheiro e a sorte de não ver a morte.)
Por aqui passeiam a doença a morte e a sorte.

A pessoa pode enriquecer subitamente, mas, por ser desobediente e rebelde, pode ficar na miséria mais rapidamente ainda.
Este Odu criou as dores do parto.

A pessoa doente pensa que vai morrer, mas ficará curada e, através da doença, conhecerá a humanidade.
Deve usar um anel de prata preparado como proteção.

Antes que se passem sete dias, tem que limpar o corpo com três pedaços de carne bovina e depois oferecer inhame e pombo branco à sua cabeça.
Oferece-se inhame à porta de casa. A pessoa tem que cuidar de Egun.
Tem problemas de coração, dos nervos, da cabeça e de hérnias.

Para  que  a  sorte  chegue  até  ela,  não  deve  maldizer,  renegar  ou  discutir    com
ninguém.

Quando traz osogbo ofo, a pessoa está doente, passando por diversas dificuldades e existe algo que a preocupa e que não quer que ninguém saiba.
O mal e o bem estão lutando entre si para se aproximarem, tem que fazer ebó para que o bem triunfe sobre o mal e as coisas se definam de forma favorável.
Quando alguém diz que é melhor morrer do que continuar vivendo como vive, Ikú se aproxima e diz: "Vou levá-la porque sou seu amigo e quero satisfazer seus desejos."


 

Quando a pessoa maldiz a si mesma, algum mal irá se apossar dela.

Quando as pessoas que se maldizem vêem que têm tanto mal em cima, buscam Orunmilá e se sair este signo, têm que oferecer adimú a todos os Orixás e fazer ebó com um galo, duas cabras, ovos de galinha e muito dinheiro.
O galo é dado a Exú, as duas cabras a Orunmilá e assim, todo o osogbo se  converte
em ire.

Fala dos três filhos do rei que se perderam no bosque e encontraram ali as três sortes que sabiam seus nomes e assim se salvaram.

 

 

 

 

 

 

 

 


 

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OTURUKPONBIRETE

 

REZA DE OTURUKPONBIRETE

Oturukponbirete Ifá Ajalú Xixé xé adifafun Ajalú pueté morubó Omó Xenxe xé ni Oló Babalawo adifá Babalawo Olofin. Jelú puelú oda Osain morubó. Owunko xelú, akukó lebó.

Este Odu é filho de Oturukpon e Irete.

Neste caminho o mar fez ebó e por isto se limpou. Os filhos deste Odu não podem comer pescado.
A mulher que se consulta tem problemas de hemorragias.

Costuma mandar o marido embora acreditando que se ele se for, outro virá ocupar   o
seu lugar.

Se tiver um filho deve ter muito cuidado para que não fique doente dos pulmões. Uma hemoptise poderá matá-lo.
Este Odu fala do encontro do rio com o mar. Aqui Elegbara come quiabo.
A pessoa não pode regatear preços quando estiver comprando coisas para Elegbara, para não despertar sua irritação e evitar que venha a perturbá-la.
Sofre do estômago e da barriga.

A pessoa tem que oferecer um peixe fresco à sua cabeça e ficar sete dias sem comer
peixe.

Assinala, para o Babalawo, que uma pessoa que está a caminho necessita receber fio de contas de Orixá e assentar Orunmilá. Provavelmente tem caminho de Awo.
Oferece-se um galo a Xangô e dois cocôs a Orunmilá.

Aqui Iyemanjá se impõe e faz ver que é mais poderosa que Oxun. Não se devem quebrar louças dentro de casa.
Duas pessoas querem se unir, mas não conseguem.


 

Pelo mesmo caminho que se sobe, se desce. A pessoa se esforça muito para subir, mas desce rapidamente.
Tem que assentar Iyansã e se já a tem assentada, deve usar seu fio de contas e oferecer-lhe uma galinha.
Este é um Odu de desmanches.

Nele nasceram os pântanos e as areias movediças.

O Exú deste caminho é Alagbana e para assentá-lo a pessoa tem que pegar, com suas próprias mãos, o okutá no mar.
A pessoa possui alguma coisa diferente em seu corpo ou alguma coisa maior ou menor que das outras pessoas.
Neste caminho os pescadores capturavam os peixes tão longe da costa que, quando regressavam, os peixes estavam podres.
Coloca-se um cestinho com quiabos para Elegbara.

Coloca-se no igbá de Elegbara um pedaço de cabo de ferramenta de ferro ou de madeira, de forma que fique encostado à parede. Come três pintos uma vez por ano.
Isto deve ser feito para que o lar da pessoa não se desmanche.

 

EBÓ

Um pato, quatro pombos, melado de cana, dois pratos, ewe karodo (erva de São Domingos - Comelina elegans, H.P.K.), ewe ekisan (verdolaga) e muitas moedas.
Depois de feito o ebó, quinam-se as ervas, coloca-se um pouco de melado para que a pessoa tome um banho e passe um pano molhado com o omieró em toda a sua casa. Isto deve ser feito por três vezes numa mesma semana. O omieró que sobrar é despejado na esquina mais próxima em nome de Elegbara e de Iyemanjá.


 

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I I   I I OTURUKPONXE

 

REZA DE OTURUKPONXE

Oturukponxe Ifá Elá rudalé Awo Obá nitepá ileké olá nitepá oxede odafun bogbo Irunmolé tinló okú akasá eiyelé, adié, lebó.

Este Odu é filho de Oturukpon e Oxe.

Assinala risco de problemas relacionados a documentos. Fala de denúncias, demandas e assuntos de justiça.
Algum tipo de documentação pode gera envolvimentos com a justiça. Assinala cobrança de dívidas.
Problemas surgidos dentro de sua própria casa podem envolver a pessoa numa
demanda.

A pessoa não deve permitir que um acontecimento desgastante de sua vida volte a
acontecer.

Não deve confiar em ninguém e conferir todos os documentos que lhe digam respeito antes de recebê-los ou assiná-los.
A pessoa foi inspirada por um Egun para que viesse se consultar. Tem dores na barriga e sendo mulher, acredita estar grávida.
Tem uma sombra às suas costas. Os seus caminhos estão obscuros. Tem que assentar Orunmilá.
Deve passar água benta, efun e ori na porta de casa.

Tem que preparar uma bola oca de barro, do tamanho aproximado de uma laranja, enchê-la com Iyerofá rezado do Odu e deixá-la aos pés de Orunmilá.


 

EBÓ

Etú, três pintos, três pombos, três agulhas novas, três bonecos, pano branco, pano preto, pano vermelho e folhas de malva.
Se o ebó for para ire, os bonecos têm que ser, um de cedro, um  de adebesú (Poeppigia procera, Presl.} e o outro de parami. O de cedro é despachado, o de adebesú fica junto com Ogun e o de parami junto com Xangô. Depois de 21 dias, os bonecos que ficaram em Ogun e Xangô são enterrados.
No mesmo ebó, se o Odu trouxe osogbo, o primeiro boneco é feito de ayá, o segundo de jia e o terceiro de aroma. Os três devem ser despachados em três caminhos diferentes.
Se a mãe da pessoa for morta, tem que saber o que o seu Egun deseja, se for viva, a pessoa tem que tomar borí para salvar-se.

 

ITAN DE OTURUKPONXE

Naquele tempo, Orunmilá de tanto ajudar os outros economicamente, ficou quase  na
miséria.

Certo dia Olofin mandou chamá-lo, assim como a todos os Orixás, para participarem de um ritual em seu louvor.
Quando terminou a cerimônia, desabou uma chuva torrencial e, como naquele local não havia comida nem abrigo, todos começaram a ser atormentados pela fome e pelo frio, sem poderem, em decorrência da tempestade, regressarem às suas casas.
Foi então que Olofin anunciou: "Para que esta chuva torrencial pare, é necessário que todos contribuam com uma pequena quantia em dinheiro, que deverá ser depositada dentro da grande urna que se encontra no centro deste pátio".
Logo que todos depositaram suas contribuições na urna, a chuva parou, as águas baixaram e todos puderam regressar para casa. Foi então que Olofin, dirigindo-se a Orunmilá disse-lhe: "Pega para ti a urna com todo o dinheiro que contém e lembre-se de que não se deve fazer caridades que nos prejudiquem ou cujo valor ultrapasse as nossas posses."


 

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OTURUKPONLOFUN

 

REZA DE OTURUKPONFUN

Oturukponbalofun Babá Bato, Babá Fetó lodafun Inle. Lodafun Olonú adifafun Obatalá, Oiyá, ati Orunmilá lorugbó.

Este Odu é filho de Oturukpon e Ofun. É um signo de atentados.
Quem é deste Odu não pode comer feijão preto nem vísceras de qualquer animal. Não podem usar chapéus pretos ou com faixas pretas.
Neste caminho se oferece sacrifício de ejé a Xangô no meio de quintal e deixa-se ali por quatro dias.
Não se pode usar jóias de fantasia. Assinala covardia e suicídio.
A pessoa vive deprimida e não tem domínio de si mesma.

Não  tira  proveito  das  experiências  da  vida  e  não  guarda  nada  de  bom  em seu
coração.

Neste caminho o punhal é o primeiro a provar tudo e, desta forma, corta o que é bom e o que é ruim.
Assinala que foi feito uma promessa diante de um morto, quer seja de vingá-lo quer seja de terminar alguma coisa que ele deixou inacabada. Enquanto este juramento não for cumprido, a pessoa será atormentada pelo Egun que lhe cobra o cumprimento de sua palavra. Só depois de cumprir o prometido a pessoa ficará em ire.
Tem que tomar borí e oferecer um peixe grande à cabeça.

Não deve fazer mais favores e tudo o que fizer deve ser cobrado. Caminho de Obatalá, Xangô e Iyemanjá.
A pessoa tem que mandar rezar missa por seus familiares defuntos. Tem tendências ao suicídio.
Tem um desejo que pretende realizar por puro capricho.


 

Deseja comunicar-se com uma pessoa para revelar-lhe algo muito forte que traz guardado no fundo do seu coração.
Tem que usar fios de contas de Orixá.

Possui um Egun e tem que ver o que este Egun deseja. Tem que ter cuidado com o que come e onde come.
Tem que oferecer dois pombos à sua cabeça.

Quando se sentir em apuros deve sair e permanecer algum tempo numa praça.

Se for homem, é atrapalhado e desordenado em suas coisas e por este motivo não é muito bem visto.
Se for mulher, é relaxada em relação a si mesma. Precisa ter um companheiro, marido ou amante, pois sozinha não é nada.

 

ITAN DE OKARANFUN

Certo homem, cansado de viver na mais profunda miséria, resolveu dar fim à   própria
vida.

Levado por sua mulher; foi consultar Ifá e na consulta surgiu Okanranfun. O adivinho perguntou quanto dinheiro possuía e, sabendo que o homem tinha apenas três centavos nos bolsos, fez-lhe um ebó com as moedas e mandou-o embora com ordem de voltar dentro de cinco dias.
Cinco dias depois o homem voltou e desta vez já possuía cinco centavos, novamente o adivinho passou-lhe as moedas no corpo e mandou-o embora com ordem de retornar dentro de uma semana.
Sete dias depois o homem voltou e desta vez trazia nos bolsos a importância de sete centavos. O adivinho repetiu o ebó e a partir de então a fortuna do homem cresceu gradativamente e ele nunca mais sentiu vontade de morrer.

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