Tecnologia do Blogger.
RSS

Documento sem título

I I  I
I I  I
I  I I
I    I
IRETEWORIN IRETE WAN WAN

 

REZA DE IRETEWÓRIN

Iretewónrin Odubiri fobó adifafun Orunmilá Obarabaniregun wanká win win Osain yoro yoro.

Este Odu é filho de Irete e Owónrin. Aqui foram criados os jardins.
Nasceu o axé e as energias contidas nas flores.

Faz com que os perfumes das flores se estendam sutilmente.

O otá de Elegbara, neste Odu, é recolhido nos pés de uma árvore na beira de um rio. O pica-pau, com seu canto, descobre onde está o seu ninho.
Fala de rios transbordantes e de redemoinhos.

O Elegbara deste Odu leva três facas, por ter vivido em três terras diferentes. Assinala viagens a lugares distantes.
Fala de uma mata onde vive um Egun que reconhece a pessoa pelo seu assobio. Assinala a existência, em casa, de uma bengala ou bastão de um familiar morto. Para que a pessoa possa prosperar, tem que morar numa casa que tenha jardim. Ter somente os Guerreiros assentados não lhe é suficiente.
Este Odu traz calvície para seus filhos. Assinala sufocamentos e falta de ar.
Assinala doenças que provocam escamamento da pele.

A pessoa tem que cuidar muito bem de seus próprios filhos.

Deve oferecer presentes às águas do rio e tratar com muito respeito aos filhos de
Oxun.

Assinala fraqueza sexual no homem, e nas mulheres, debilidade nas pernas.


 

Se o pai do cliente for vivo, saindo este Odu, pode ser que venha a falecer dentro  de
um ano.

Quando este Odu sai em atefá para um iniciando, o padrinho pode vir a morrer dentro de um ano.
O Awo tem que dar um cabrito a Elegbara para evitar qualquer malefício. Não se permite a ninguém assobiar na porta de casa.
A pessoa é incrédula e chega à religião por simples curiosidade. Não segue os conselhos de ninguém nem faz nada do que lhe mandam e, quando se vê enrascada, quer fazer tudo de uma só vez, mas aí já é tarde demais.
Tem uma filha, na qual se projeta. Se deseja vê-la feliz, mande-a fazer ebó e não permita que vá ao rio.
A mulher está grávida e o filho que carrega não é de seu marido.

Existe um elevador que pode representar um grande perigo para a pessoa. Este Odu proíbe que se possuam pássaros presos em gaiolas.

 

EBÓ EM IRETEWÓRIN

Um galo, um pombo, uma corrente, milho e moedas.


 

I    I
I I  I
I I  I I
I I I IRETEBARA IRETEOBÁ

 

REZA DE IRETEBARA

Irete Obá bijé lodafun Orunmilá, Iyalode ati Obinin. Akukó, owunkó lebó, intorí Ikú, intorí arun, afie lebó. Maferefun Xangô. Kaferefun Oiyá.

Este Odu é filho de Irete e Obara.

A pessoa não deve guardar dinheiro nos bolsos.

A pessoa tem órgãos deslocados e tem que fazer ebó com nervos de boi. Assinala a presença de sífilis.
A pessoa tem que buscar a sorte na rua.

Está  sob  ameaça  de  um  inimigo  que  pretende  queimar  sua  casa  e  destruir sua
família.

Um efeminado pode estar apaixonado pela pessoa. A pessoa não cumpre o que promete.
Sacrifica-se dois galos no pé de iroko, um de um lado, para Xangô, o outro do outro lado para Oduduwa.
A mulher tem três amigos que são inimigos de seu marido. O seu segundo amor é seu maior inimigo.
Está gravida de um homem com que se relacionou ocasionalmente e que não é seu marido nem seu amante.
Tem que ter muito cuidado para não adquirir sífilis numa relação sexual.

A pessoa tem muita sorte e isto é motivo mais do que suficiente para que tenha muitos inimigos. Deve ter muita cautela.
Se for convidada para uma festa ou um almoço, deve evitar que lhe toquem no rosto, pois é desta forma que será enfeitiçada.
Se for Awo, Babalorixá ou Iyalorixá, pode sofrer um desgosto com um filho-de-santo ou um parente dele.


 

A pessoa é protegida por alguém que merece sua total consideração e apreço. Está sendo seguida pela morte.
Deve ter cuidado com a sífilis ou com infecção numa das pernas.

Tem que cuidar bem de Elegbara e dar comida a um Exú na esquina de sua rua. Se tiver que viajar deve ter cuidado para não regressar sob pranto.
Seus negócios andam mal.

Existe uma pessoa que vai convidá-la a um lugar qualquer onde lhe fará um feitiço para que adquira chagas nas pernas. Isto tudo por pura inveja.
Tudo o que a pessoa planeja, os outros desbaratam por inveja.

Sua vida está atrasada porque costuma maltratar suas mulheres. Se quiser progredir deve mudar de atitude diante delas. Sua sorte depende de tratar bem às mulheres.
O descontrole sexual pode ser a sua destruição física e moral, quer seja homem ou
mulher.

Neste Odu Obaluaye foi expulso da Terra Lukumí porque, tendo se relacionado sexualmente com Baiyani, transmitiu-lhe sua doença.
A pessoa tem que se mudar do lugar onde vive pois, enquanto ali permanecer, não dará nem um passo na vida. Para que possa mudar, tem que fazer ebó.

 

TRABALHO PARA A IMPOTÊNCIA

Passa-se um nervo de touro no corpo da pessoa, sacrifica-se um ajapá sobre o nervo, em cima de Xangô. Raspa-se o nervo, mistura-se com vinho seco e ovo de gansa. Toma- se um cálice pela manhã.


 

I I I
I  I
I  I I
I  I
IRETEKANRAN

 

REZA DE IRETEKANRAN

Irete Kana berinlé bagogun bagbisan irun bogbo laodo laure akperé lorugbó.

 

Este Odu é filho de Irete e Okanran.

O Awo deste Odu deve cuidar da inveja de seus irmãos de Ifá que tudo farão para prejudicá-lo.
Foi neste caminho que tentaram levar a mulher de Iretekanran para o mal caminho.

Quando o Awo encontra este Odu numa consulta para si próprio, sua mulher deve ficar sete dias sem sair de casa para não se envolver em algum problema.
Este Odu fala de problemas matrimoniais e separação dos cônjuges. Assinala perda de memória.
Foi aqui que nasceram as traições amorosas. Os filhos deste Odu gostam de provocar ciúmes. O signo proíbe fazer ou tomar juramentos.
A vida impõe provas e castigos.

A pessoa veio à Terra para expiar faltas cometidas em vidas anteriores.

Quando este Odu surge num atefá, o padrinho tem que oferecer uma cabra a seu Ifá para que a negatividade trazida não chegue a ele.
Quando o Awo encontra este signo em sua própria consulta, deve dormir sete dias com um gorro branco e amarelo.
Assinala família numerosa.

A pessoa freqüentou o espiritismo de mesa, mas seu caminho é no culto de Orixás. Em sua casa tem que haver Babalawos e Babalorixás.
Aqui nasceu o costume de golpear-se a borda do opon com o irofá. Assinala traição de afilhados.


 

Aqui Olofin estabeleceu um concurso de percussão e o Ajapá, para poder participar, roubou o tambor do Leopardo e, levando-o diante de Olofin, tocou-o de forma tão brilhante que recebeu um prêmio.
O Leopardo, cansado de procurar por seu instrumento, ficou de tocaia no caminho da casa de Olofin, esperando todos os que haviam ido lá tocar tambor.
Quando o gatuno voltava, o Leopardo, reconhecendo o seu tambor, investiu contra ele, dilacerando-o com suas garras poderosas e o Ajapá, para livrar-se da morte certa, jogou o instrumento sobre seu dono, fugindo e escondendo-se no mato.
É por isto que, até hoje, pode-se ver as marcas deixadas pelas garras do Leopardo sobre o corpo do Ajapá.
A pessoa deve evitar mexer no que não lhe pertence para não passar por grandes decepções e vergonha.
Aqui Omolú contraiu as doenças malignas de que é portador, por não querer obedecer às orientações e conselhos dos mais velhos.

 

 

 


 

I    I
I    I
I  I I
I I I IRETEGUNDÁ IRETEKERDA IRETEKUTAN

 

REZA DE IRETEGUNDÁ

Iretegundá Kutan Obá Aiye. Orixá bi Kolé Orun ofé leí toxo Orixaye Osogbe Ile Axukpá, Awo Umbo bogbo Orixá Isalaye kolé, Aiye Obá, bogbo tenujé elebó erindilogun.

Este Odu é filho de Irete e de Ogundá.

É Orixaoko que faz com que a Terra produza os alimentos que sustentam os homens e por isto, devem restituir um pouco daquilo que recebem.
Quando sai este Odu numa consulta com okpele, o Awo deve jogá-lo para trás sobre seu ombro esquerdo.
Se sair este Odu na iniciação de um homem de idade avançada, significa que sua obrigação com Ifá já está cumprida. Ele deve adorar e cultuar Ifá, mas não pode mais trabalhar com ele para que possam viver um pouco mais.
Aqui nasceu a sepultura de Ogunda Meji aberta por seu discípulo Oxeomolú e guardada até hoje por Iretegundá, que canta para ela:
Iretekedá iwole arareo ni oun bakoye.

Nasceu a decomposição dos cadáveres e de toda a matéria orgânica. Nasceu Oku Lobó Osixá Inton Egun.
Aqui Omolú come carne de cervo.

Fala o Espírito de Agamú que, saindo das entranhas da Terra ensinou aos homens que os Deuses se alimentam com o sangue dos sacrifícios.
Este Odu recebe o nome de Alewajade, o exorcizador das folhas. É ele quem tira das ervas a maldição que Obatalá lhes lançou.
Assinala problemas dentro de casa.

Existe uma disputa por causa de um terreno.

A pessoa deseja encontrar um caminho novo e separar-se de algo de que não está de acordo, ou então, existe alguém querendo livrar-se de sua tutela.


 

Na casa da pessoa baixam Santos que nem sempre dizem a verdade.

A pessoa vive lamentando-se, mas não gosta de consultar-se nem fazer ebó.

Possui três inimigos que desejam  prejudicá-la, mas que não sabem  fazer ebó    para
isso.

Neste Odu Obatalá trocou o cão pelo ganso.

Fala de uma traição de parte de uma pessoa a quem se acolheu dentro de casa. É preciso muito cuidado para não passar um vexame por causa disto.
Para se evitar este problema, coloca-se, dentro de casa, um cachorro branco, pequeno, oferecendo-o a Obatalá.
Neste Odu nasceu o costume de se oferecer aos Orixás, as vísceras (axés) dos animais a eles sacrificados. Nestas vísceras estão a vida, a morte e todo o bem. A doença, as perdas e as confusões, estão nas carnes dos animais. Por este motivo, não se pode comer nada de dentro destes animais.
A pessoa sofreu um feitiço e, por este motivo, vive por viver, sem nenhuma motivação e sem nada aspirar da vida. Tem que fazer trabalhos para se livrar deste estado de desinteresse.
Tem que tomar três banhos para limpar-se, um por dia.

O primeiro banho, de corpo inteiro (inclusive a cabeça), com folhas de ewe ekisan (verdolaga), ewe tabate (Rompesaraguey), afomam, canela sassafraz, ewe ayo (Guacalote), ewe yá (Gossypiospermum criophorus), ewe yeye (Spondias cironella), ewe waákika e yamao.
O segundo (do pescoço para baixo), com folhas de aberikunló.

O terceiro com folhas e flores de onze horas, (incluindo a cabeça). Neste caminho falam Obatalá e Oxun.
A pessoa tem que assentar Orixaoko.

Existe uma maldição lançada pela própria mãe.

Quando um Awo é roubado ou prejudicado de alguma forma, os outros Babalawos invocam este signo sobre o oponifá, fazem a sua reza e depois sopram o iyerofá mentalizando os arajés.
As pessoas deste signo não devem encarar no rosto de nenhum defunto para não serem perseguidas pelo mesmo.
Têm que dar comida à porta de casa para que a sorte que ali está parada possa
entrar.


 

Neste Odu, quando se dá borí a alguém, tem-se que ter muito cuidado para que a negatividade daquela pessoa não afete o oficiante.
Iretegundá é o coveiro de toda a sua família.

Para que venha a sorte, coloca-se um cesto de frutas embaixo da cama e, no dia seguinte, se despacha no mato.
Para obter-se prosperidade, oferece-se uma espiga de milho à qual não falte nenhum grão e sacrifica-se um preá à Elegbara.
Leva-se Elegbara a uma mata e, debaixo de um pé de acácia sacrifica-se-lhe um
galo.

Para espantar Ikú sacrifica-se, para Orunmilá, quatro galinhas, sendo duas brancas, uma preta e uma amarela.

 

TRABALHO PARA TIRAR ALGUÉM DA PRISÃO

Coloca-se um rato vivo dentro de uma ratoeira com um pedaço de papel branco onde se escreveu, por sete vezes, o nome completo do preso e sua data de nascimento.
A gaiola fica ao lado de Elegbara, sobre uma tábua (Atena Ifá) onde se riscou e rezou os Odu através dos quais Orunmilá engana a justiça dos homens: Oxetura, Otruponbará Ifé e Iretelogbe. Esta Atena Ifá deve ser marcada com pó de efun misturado com otí, por cima se joga pó de três pimentas da guiné. Durante três dias acende-se uma vela para Elegbara pedindo a libertação do preso. No terceiro dia, se pergunta a Elegbara se o rato é dado a elegbara ou se é levado até a porta do presídio e solta-o vivo.

 

TRABALHO PARA DERROTAR OS INIMIGOS

Pega-se uma lata com tampa e coloca-se, no seu interior, algumas pedrinhas pequenas e papéis com os nomes dos inimigos escritos sete vezes cada um. Durante três  dias, à meia-noite em ponto, sacode-se a lata como se fosse um chocalho, diante do Orixá que se encarregar do problema, com uma vela acesa, pedindo-se a destruição dos inimigos.
No terceiro dia, depois de soar o chocalho diante do Orixá, toca-se novamente na porta de casa e, em seguida, joga-se o chocalho no meio da rua.

Este trabalho pode ser feito em qualquer Odu de Ifá

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

0 comentários:

Postar um comentário