I I I I IKÁTURUKPON
REZA DE IKA TRUPON
Ikatrupon kukuté kukú adifafun Orunmilá, adifafun Olá Niká, eiyelé lebó.
Erí iguin axó inkí inlá umbejá marora enibi inká botilá kaferefun Xangô ati Yemanjá.
Este Odu é filho de Osá e Oturukpon.
Para que tudo siga em frente de forma positiva, tem que dar comida à Orunmilá e pedir-lhe que abra os caminhos.
A pessoa praticou uma má ação e deve ter cuidado para não se meter em encrencas. Deve ter cuidado com um engano que produziu ou deseja produzir.
Tem que agradar seu Orixá para que não lhe vire as costas.
Pode acertar na loteria, mas para que isto aconteça tem que fazer ebó com um galo.
Neste caminho soltaram os cães contra Orunmilá que para defender-se teve que subir num pé de louro.
Neste Odu nasce um Orixá Funfun chamado Babá Arixogun.
Ensina que os homens não devem comer as carnes de animais mortos naturalmente. Assinala fogo uterino e problema na barriga.
Para acalmar o fogo uterino, prepara-se um pó com folhas de louro que deve ser polvilhado na vagina.
Arriam-se três carás para Exú nos pés de um loureiro.
O pó deste Odu tanto serve para o bem quanto para o mal. É feito com raspa de tronco e de raiz de loureiro e ataré em pó. Depois de rezado no tabuleiro, fica sempre diante de Elegbara.
Tem que assentar Oduduwa.
A pessoa sofre do peito em decorrência de seu mau gênio.
TRABALHO PARA CURAR FOGO UTERINO
Uma tigela com areia da praia, uma com osun e outra com uáji. Pelos pubianos da mulher, um inhame seco, dois galos, uma corrente, diversos tipos de cereais, muitas moedas e um peixe pargo.
Pinta-se todo o corpo da mulher com osun e uáji e depois despeja-se em cima a areia do mar. Depois, pega-se os pelos pubianos e coloca-se um pouco em cada tigela com pedaços do inhame seco, coloca-se um pouco de cada cereal dentro das tigelas, sacrifica-se os galos deixando o ejé correr dentro delas, embrulha-se tudo nas roupas que a mulher estava vestindo na hora do ebó e enrola-se a corrente em volta do embrulho. A mulher depois de tomar um
banho de folhas de louro, é recolhida para um borí onde o peixe é oferecido à sua cabeça. O ebó é despachado na praia10.
No momento em que o corpo da mulher é pintado e recebe a areia, canta-se:
Iaya olo onan oruba,
Ina unló adê obó mapon.
Quando este Odu traz Osogbo no Itá, prepara-se um xeré11 de cabaça para ficar junto com o Elegbara da pessoa. Dentro deste xeré vai terra do alto de uma montanha, pó de madeira de louro, folhas de louro, ataré, sete tentos-de-Exú e sete elos de corrente.
Come três pintos com Elegbara aos pés de um loureiro.
EBÓ EM IKATRUPON
Um galo, ewe yeye, vidro moído, um pombo, duas cabaças, feijão de casca vermelha, mandioca e inhame.
O Awo deste Odu tem que ter três Elegbara. A pessoa é escrava de si mesma.
Ela e um de seus filhos possuem um título. Tem vocação para a medicina e a música.
- - Alguns Babalawos cubanos costumam afirmar que para maior eficiência, é necessário que a mulher submetida ao presente ebó, após terminá-lo, deve praticar sexo com o oficiante, no que não concordamos por considerarmos uma atitude desrespeitosa e abusiva.
- - Chocalho feito de cabaça.
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IKÁTURÁ IKAFOGUERO
REZA DE IKATURÁ
Ikáturá, Iká Foguero, kombú, kombó, adifafun oni biní eiyelé lebó. Kaferefun Oiyá, Alá, ati Olorun.
Este Odu é filho de Iká e de Otura.
Assim como seu irmão o Odu Oturaká, assinala desobediência que pode custar a
vida.
Fala do nadador que envelheceu e já não tinha forças para nadar porque lhe faltava o
ar.
Da mesma forma, o homem velho que se casa com mulher jovem não poderá ter um bom desempenho com a mesma.
Assinala impotência para o homem jovem.
Tem que fazer ebó constantemente e oferecer sacrifícios à Terra para não ficar
impotente.
O sacrifício é feito dentro de um buraco com Ireteogundá, Ejiogbe, Ikáturá e o Odu da
pessoa.
Assinala que a pessoa, na velhice, ficará inutilizada da cintura para baixo e morrerá do coração.
Assinala insegurança e falta de tranqüilidade pelo futuro dos filhos. A coruja e o gato comem ratazanas.
Quando surge este Odu a pessoa que se consulta tem que usar, o mais rápido possível, um idé de Obatalá e um de Iyansã.
Se sair para um Awo e este tiver Odun, tem que dar-lhe de comer imediatamente. Aqui fala a mandíbula.
Indica caminho e proteção de Oduduwa.
TRABALHO PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS DIVERSOS
Fazer o ebó deste Odu com uma mandíbula de qualquer animal e dois pombos
brancos.
Aqui Orunmilá ordena que os Babalawos se unam para se tornarem invencíveis. Quando traz osogbo ofo12, é perda de matrimônio.
As Apetebís deste signo tem que pedir muito a Exú para que seus maridos tenham paz e tranqüilidade.
Este Odu proíbe seus filhos de possuírem cães ou tê-los em suas casas.
Orunmilá mandou, por este caminho, que o rei sacrificasse o seu cachorro num ebó, no que não foi obedecido.
Um ano depois, o palácio foi atacado e o rei, para livrar-se de seus inimigos, abrigou- se num esconderijo secreto que mandara construir no pátio do palácio.
Como seu cão ficasse pulando, latindo e balançando a cauda diante do lugar onde o rei se encontrava, foi fácil para seus inimigos capturá-lo e executá-lo.
Tem que dar comida a Ile, a Terra.
Para que a casa da pessoa progrida e se fortaleça e para que seus filhos a obedeçam, tem que dar comida a Olokun e dar graças a Olorun.
EBÓ SECRETO DESTE ODU
Um galo, uma galinha, um pombo, uma galinha d'angola, roupas usadas de todos os filhos da pessoa, terra de sua casa, água do mar, água de rio, pano branco, pano azul, pano vermelho, pano estampado, pó de ekú, pó de ejá, azeite de dendê, milho vermelho e muitas moedas.
- - Uma previsão negativa que faz referencia à algum tipo de perda.
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IKÁRETE
REZA DE IKARETE
Ikarete omó Oluxe, Irete Oma, ileké kiri kiri banlá abanijé batitu eure, eiyelé lebó. Kaferefun Xangô, Ogun, ati Olofin. Maferefun Iyalode ati Olokun.
Este Odu é filho de Iká e Irete.
Foi aqui que Orunmilá disse a Obatalá que fosse colher inhames e que os descascasse e jogasse as cascas na rua para que tivesse boa sorte.
Quando surge este Odu tem que se tocar o peito com o punho esquerdo.
O Awo cobre seu Elegbara com folhas de Ifá e o leva à rua. Quando volta quina as folhas que não caíram do igbá e lava Elegbara com este omieró.
Ensina que o peixe morre pela boca. Este Odu prende as pessoas.
Fala de infiltrações pulmonares que levam à morte. A pessoa morre embaixo de duas luzes.
Em osogbo arun não dá segurança de cura.
A pessoa tem que se limpar, durante os dias que forem determinados pelo jogo, com uma etú, em honra de Obaluaye e de Aganjú. Depois do último dia a ave é solta no mato.
Se sair para uma mulher grávida, dá-se um bode capado para Exú e passa-se limo de rio na barriga da mulher para que possa parir com segurança.
Aqui fala Yemanjá Ibú Maraiga.
Aqui nasceu Bosá, a Yemanjá mais velha da terra de Egbado.
Para problemas do peito, se prepara um licor de sumo de beterraba. Mistura-se o sumo de beterraba e mel em porções iguais e toma-se uma colher de sobremesa pela manhã, ao meio dia e à noite.
Yemanjá saiu do mar para acabar com a terra de Egbado.
Odu de mudanças de situação, de inveja e de pessoas que têm duas caras.
Não se pode revelar os segredos com que a pessoa se defende porque um inimigo oculto se apossa deles e assim consegue vencer.
Aqui nasceu o ataque eclampse.
A mulher pode ficar louca em conseqüência de um parto.
EBÓ
Dois pombos, um galo, lixo de uma praça, uma caixinha, etc...
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I I I I IKÁXE
REZA DE IKAXE
Ikaxe ninxé, Iká miro kiri, Iká mu kirí, adifafun Orunmilá. Kiopeyé, ounkó, agutan lebó.
Este Odu é filho de Iká e de Oxe.
Aqui nasceu a palavra abençoada de Ifá que confirma tudo o que diz. Por este motivo Ikaxe é também chamado de Ikafá.
Neste caminho surgiu a controvérsia sobre a preferência de Olofin entre o azeite de dendê e o óleo de algodão, ficando estabelecido que o óleo de algodão é o preferido de Olofin.
Por este motivo, sempre que surge este Odu a pessoa tem que se vestir de branco durante sete dias seguidos.
Quando este Odu aparece numa consulta, cobre-se Exú com folhas que depois se despacha para a rua. Em seguida tem que se oferecer comida para ele.
Aqui nasceram os dedos das mãos e dos pés e os dedos indicadores se destacaram entre os demais. Por este motivo este Odu é também conhecido como Ikáselá.
Oferecem-se sete ovos de galinha para Egun e sete para o Orixá da pessoa. Forram-se todos os Orixás com um tapete de folhas de dormideira.
Pega-se sete panos de cores diferentes e todos os dias passa-se no corpo antes de falar com qualquer pessoa. Depois de sete dias despacha-se cada um num lugar diferente como igreja, praça, praia, rio, estrada, montanha, mata, árvore, etc...
Coloca-se leite cru com ori e efun dentro de um vaso, leva-se embaixo do Sol e se pede o que se deseja. Depois pega-se o conteúdo do vaso e, com ambas as mãos, esfrega-se no rosto como se o estivesse lavando.
Aqui nasceram o ekurú e o olele.
As pessoas deste Odu devem usar coral junto do corpo. Assinala morte por problemas cardíacos.
A pessoa tem tantos problemas e preocupações que adoece do coração e morre
asfixiado.
É um Odu de sacrifícios que jamais são reconhecidos.
A pessoa não tem fé, chega ao Santo somente depois de passar por muitas dificuldades na vida.
Possui parentes que não acreditam em nada e que tudo fazem para tirá-la do caminho dos Orixás, tornando a sua vida impossível de ser vivida em paz.
TRABALHO PARA QUE UMA PESSOA DEIXE DE FALAR DEMAIS
Quando a pessoa estiver dormindo, passa-se um ovo de galinha d'angola em sua boca e um pouco de dormideira. Pergunta-se a que Orixá deve ser oferecido.
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IKÁFUN
REZA DE IKAFUN
Ikafun loroní kiyaté adifafun Abiregún akukó, eiyelé lebó.
Este Odu é filho de Iká e de Ofun. É caminho de Obatalá.
A pessoa a quem se está consultando deve procurar outro adivinho, pois este não é o seu caminho.
Quando este Odu surge na consulta de uma mulher, é Orunmilá ordenando que ande com os cabelos soltos durante sete dias.
A pessoa tem que possuir um macaco. Neste Odu falam os espelhos .
O dono deste Odu tem que cobrir os espelhos de sua casa durante a semana santa.
Tem que oferecer à sua cabeça um galo, quatro pombos, pó de ekú, pó de ejá, ori-da- costa e efun.
Colocaram feitiços nos fundos de sua casa. Não acredita no que lhe dizem.
Para a mulher: O homem que tem não lhe convém.
A pessoa foi trabalhada com um feitiço que terá sido enterrado em sua própria casa ou em outro lugar qualquer.
Para livrar-se do mal tem que tomar um banho de amasí com anil, lírio, mamona branca, ekó, milho moído e mel.
Depois deste banho tem que tomar três banhos com folhas de álamo durante três dias alternados.
Tem que colocar para Xangô quatro ekós, em cada ekó colocar um grão de milho e regar bem com dendê e mel de abelhas. Depois de quatro dias despachar numa mata.
Se a mãe da pessoa for viva, tem-se que oferecer dois pombos brancos à sua
cabeça.
Neste caminho agrada-se a Ogun com três obís, sendo que um é untado com mel, o outro com ori-da-costa e o terceiro com azeite de dendê. Coloca-se cada obí dentro de uma cabaça cheia de milho e deixa-se, por sete dias, diante do Orixá com três velas acesas. No sétimo dia despacha-se uma cabaça com o seu respectivo obí numa mata, no dia seguinte a outra cabaça e no terceiro dia a última. As cabaças com os obís são despachadas no mesmo lugar.
No dia em que for despachada a terceira cabaça, dá-se comida às quatro esquinas do quarteirão em que a pessoa mora e à porta de sua casa: Um ekó coberto com pó de ekú, pó de ejá, mel, dendê e um punhado de milho seco.
Tem que colocar sobre o telhado da casa, um pedaço de carne de vaca, pó de ekú e de ejá e um punhado de milho.
Quando fizer a oferenda ao telhado da casa, reza-se:
Arodidé Odideman, arodidé Odideman.
Orixá Obiarukó, ojó Odideman, didé didé Odideman. Oxaguian ojó Odideman, didé didé Odideman.
Ofun Leri Odideman.
Tem que oferecer um pombo e um igbín ou uma galinha a Obatalá.
Neste Odu Osain fazia feitiços com pedras que eram enterradas no cemitério e quando a pessoa oferecia um sacrifício a Egun, Oiyá tirava-lhe a vida.
Kaferefun Obatalá.
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