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OTURADI

 

REZA DE OTURADI

Oturadí adifafun Elegbara Abeyalini, Inle Omode Osain abayebe Awo Iyá ni Osain mowani Elegbara unbiwasije Awo Ifá Moya re Osain Ajapá lebó.

Este é o Odu filho de Otura e Odi.

Aqui nasceu Elegbara como dono da vontade.

É um Odu de traições, onde as pessoas confirmam seus segredos a outras que, de forma traiçoeira os tornam públicos.
O homem revela segredos em troca das carícias de uma mulher.

A mulher para ser feliz ou por capricho dos filhos entrega-se a um homem por puro
interesse.

Proíbe o consumo de pimenta para não causar dano ao sangue. Não se come comidas muito salgadas.
Quando este signo surge, prenuncia chuvas e trovoadas por um espaço de sete dias.

A pessoa tem que ter muito cuidado com uma mulher que pode mudar por completo, e de forma desfavorável, o curso de sua vida.
Deve cuidar com muita atenção da próstata, principalmente se urina com   demasiada
freqüência.

Corre o risco de ser tomada por um Orixá, de forma inesperada, no decorrer de uma festividade.
Aqui os Ibeji derrotaram o Diabo.

A pessoa não pode fazer esforços físicos porque tem tendências a enfartar. Não pode fixar o olhar nos olhos de outras pessoas.
Tem que assentar Oduduwa para que seus impulsos sejam refreados.

Este Odu é o caminho dos trovões, sempre que aparece troveja antes de  decorrerem
sete dias.

Ifá manda que a pessoa tome mais banhos.


 

A pessoa adora ficar na cama.

Tem três filhos que têm chagas ou perebas no corpo. Têm que fazer ebó.

Se vier em osogbo significa que a pessoa que se consulta pode morrer em sete dias.

Quando surge este Odu, pergunta-se se Orunmilá dá autorização para se fazer ebó para o consulente. Se houver permissão, depois do ebó, o oficiante tem que oferecer um pombo preto à Ajé para retirar dele toda a resma que ficou.
Para oferecer o pombo a Ajé, descreve-se um círculo no chão, coloca-se no meio do círculo um alguidar com o signo de Oturadí riscado no fundo, coloca-se dentro do alguidar um carvão vegetal em brasa, acende-se uma vela ao lado, sopra-se em cima um pouco de aguardente, reza-se Ogundafun, Ireteyero, Oturaniko os dezesseis Meji, sacrifica-se o pombo e se diz:
Odolofun, odolowa ke bogbo arajé ofo tokun leri.

Coloca-se, em Orunmilá, sete bolos de carne bovina com pó de ekú, pó de ejá e farinha de milho. Deixa-se durante sete dias e depois se despacha no rio com sete moedas.
Oferecem-se dois frangos de leite a Ibeji. Depois prepara-se um arroz de frango com os animais sacrificados que deve ser comido somente por crianças.

 


 

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OTURAROSUN OTURAROSOMUN

 

REZA DE OTURAROSUN

Oturarosomun adawá dirosun oyerawo odeyasi malaluxero. Biwo esé burukú Olorun ojú ri wón.

Este Odu é filho de Otura e Irosun.

Disse Ifá: Os olhos de Deus retêm o mal que lhe fazem.

A pessoa não deve esperar nenhum crédito relativo a qualquer bom ato que tenha praticado. Só terá reconhecimento diante de Olorun, Orunmilá, os Orixás e os Eguns, além de sua própria consciência.
Orunmilá ordena: Faz o bem sem olhar a quem.

Aqui nasceram os haréns, a lei do Alcorão que dá ao homem o direito de possuir várias esposas, a poligamia. É um Odu de possuir muitos cônjuges não importando se é homem ou mulher.
Neste caminho não se oferece sacrifícios de sangue, só os adimús são permitidos. Nos ebós deste signo não se sacrificam animais.
Neste caminho a salvação vem através de Oduduwa. As pessoas têm as pernas enfraquecidas e cansadas. Tem que assentar Omolú.
Já teve diversas crenças ou passou pelas mãos de vários pais ou mães de Santo. Tem que usar pulseiras e fio de contas de Obatalá.
Tem  que  cuidar  muito  do  sangue,  das  vias  respiratórias  e  evitar  picadas       de
mosquitos.

Seus inimigos colocam feitiços diante de sua casa ou bem próximo dela. Os filhos deste Odu não podem deitar-se ou sentar-se no chão.
Não podem usar nada que tenha sido roubado, quer seja em seus corpos, quer seja em suas casas.


 

Suas filhas, enquanto viverem em sua companhia, jamais poderão usar roupas cor de
rosa.

Tem que usar, como amuleto, uma moeda preparada. Tem que ter uma medalha como proteção.
Atenção com acidentes em casa ou na rua.

Tem que fazer ebó com muita constância e despachá-los em lugares onde os seus inimigos possam vê-los, para que fiquem assustados.
Tem que assentar Oduduwa.

Colocar um saquinho com folhas de figueira do inferno atrás da porta de casa.

Com o mariwo da cortina usada num atefá, o dono deste signo faz uma coroa na medida de sua cabeça e a coloca em cima de seu Ifá.
Osun tem que ficar ao lado da pessoa.

O Awo deste Odu tem que levar um pedacinho de galho de moruro (Psychotria brownel -
A. Rich.) em cada uma de suas mãos de Ifá.

O Awo deste signo não pode praticar sexo oral para não perder seu Axé.

O segredo deste Odu é que todas as vezes que seus filhos fizerem ebó, têm que tomar banho de aberikunló, afoman e ewe ekisan.
Têm que tomar borí com dois pombos brancos aos pés de Oxun.

Devem lavar a cabeça com ewe ekisan, afoman, folhas de inhame e farinha de
inhame.

Oferece-se uma galinha arrepiada à Oiyá e com suas vísceras limpa-se o ventre e o peito da pessoa. A galinha é arriada diante de Oiyá e depois despachada, junto com as vísceras bem regadas de dendê, dentro de um cemitério.


 

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OTURAWONRIN

 

REZA DE OTURAWONRIN

Otuwonrin Awolé Awoxololo Awo Olele. Alaketu Oni owayé adifafun Olofin, Exú, Exú Bi.

Este Odu é filho de Otura e Owónrin.

Aqui nasceu o luto familiar e o costume de velarem-se os defuntos. Fala do veículo astral de comunicação entre as crianças e os mortos.
Nasceu o poder da vida que faz com que as pessoas vivam por muitos anos sobre   a
terra.

A cabeça, neste caminho, se lava com folhas de algodoeiro. Tem que se colocar uma corneta em Exú.
Ensina que nos borí, as partes vitais do corpo têm que ser tocadas. Fala de seqüelas provocadas por fraturas nas pernas.
Aqui se faz rogação para as pernas com duas velas, aos pés de Obatalá. Aqui nasceram as pernas com a finalidade de sustentarem o corpo.
Nasceram as rótulas e o líquido senovial.

Existe um Egun que pode provocar na pessoa, inversão sexual.

Faz-se ebó no mato para despachar o Egun e quando terminar o ebó, espalha-se alpiste no local para que o Egun se desapegue por completo.
Para resolver problemas de difícil solução, coloca-se em Elegbara um pedaço de bambu ou de cana brava.
Assinala a presença de Abíkú. A pessoa tem que lavar a cabeça com folhas de Ifá.

Assinala que a pessoa está implorando aos Santos por dinheiro, um homem ou uma mulher que se foi.
A pessoa deseja mudar seu modo de vida. Egun sempre fala por este Odu.


 

Sacrificam-se duas codornas a Obatalá.

Mande que a pessoa se junte com os mais velhos para obter sucesso na vida.

Conta que certo rei que possuía três filhos, morreu sem deixar testamento. O filho mais velho foi chamado, mas não soube informar o local exato onde seu falecido pai guardava o tesouro, por este motivo foi expulso do palácio.
O filho do meio, por também desconhecer o paradeiro do tesouro foi levado ao mato e ali amarrado ao tronco de uma árvore.
O mais novo dos três, vendo o que haviam feito aos seus irmãos, correu a consultar Ifá, e na consulta surgiu Oturawonrin e Orunmilá então lhe disse:
- “Vá para casa e evite contato com pessoas jovens. Acompanhe e observe os velhos e, no local onde vir um ancião tocar a terra com seu bastão, ali está enterrado o tesouro do falecido rei”.
Desta forma, o mais novo dos filhos pode localizar, com a ajuda de Orunmilá, o tesouro tão cobiçado por todos.

 

O Exú deste Odu é Ararikoko.

É modelado em tabatinga dentro de um alguidar e lava na sua carga: 21 penas de diferentes pássaros, incluindo-se aí a do ekodidé, miçangas de todas as cores, cabeça de gavião, pó de casca de ovo de galinha, pó de casca de ovo de pomba, pó de chifre de boi, agulhas, iyefá rezado de Oturawonrin, obí, orogbo, ouro, prata, azougue, bejerekun, osun, sete diferentes tipos de madeiras de árvores sagradas (pergunta-se no jogo), sete folhas sagradas (pergunta-se no jogo), três búzios e três pedaços de azeviche.


 

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OTURABARA

REZA DE OTURABARA

Oturabara, Oturamuni, Iyá woloni Ifá lowa lewá xilekun ariku Baba wá.

 

Este Odu é filho de Otura e Obara.

Neste Odu nasceu Averekete, também chamado Houla ou Xomafo.

Coloca-se em Omolú uma bengala com uma cabeça de cavalo entalhada na empunhadura.
Fala de Eguns que vivem em pântanos e lodaçais.

Aqui nasceu a feitiçaria feita por intermédio de negociações com Eguns. Aqui procura-se fazer aliança com o mais fraco para derrotar o mais forte.
Foi neste caminho que Exú Laboni tocou pela primeira vez na porta dos Orixás. Foi neste caminho que teve inicio a guerra entre Osain e Obaluaye.
Os Okpeles dos adivinhos deste signo são confeccionados com madeira de iroko e come etú com Xangô e Azawani. Uma vez por ano tem que ser levado ao rio e ali come uma galinha junto com Oxun sob o signo de Oxe Meji.
Fala de um adivinho muito feio ao qual Xangô, por inveja, mandou que o ajapá comesse os testículos.
Neste caminho faz-se ebó com uma cinta bem apertada.

Este Odu assinala sadismo. Foi neste caminho que pegaram um cavalo e amarraram num pau bem longe de todos para que morresse de fome e de sede.
A pessoa para quem saia tem que ter muito cuidado para não ser escoiceada por animais quadrúpedes.
Tem que assentar Elegbara.

Para recuperar a saúde o único caminho é através dos Orixás.

Tem que fazer ebó de limpeza com ori, efun, carne de vaca, peixe, milho seco e mel, despachar no mato em nome de Oduduwa e Omolú.


 

O homem que anda desesperado em busca de mulher pode topar com o Diabo ou com qualquer coisa ruim que anda vagando sem rumo.
O filho da pessoa diz coisas incompreensíveis, mas que são revelações de sua sabedoria latente. Esta criança tem que fazer Ifá e tornar-se Babalawo. Possui muito Axé na boca.
Neste signo nasceu Exú Laboni, resultado da união de Obatalá com Oxun. Aqui nasceram os ikins de quatro olhos, Axé que Obatalá deu aos seus filhos.

 

SEGREDO DO OKPELE DE OTURABARA

O okpele do Awo de Oturabara pode ser feito de cascas de coco, de ikins cortados ou de madeira de iroko, sendo este último o preferido.
É lavado com omieró de ervas de Xangô e de Obaluaye e come etú junto com   estes
Orixás.

Uma vez por ano tem que ser levado a um rio e ali se lhe oferece uma galinha para que coma junto com Oxun com todos os demais ingredientes exigidos pelo Orixá, para que afaste as doenças e todos os males da vida do Awo.
Quando for comer a galinha, deve ser arrumado no chão com as conchas em posição de Oxe Meji.


 

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OTURAKANRAN OTURATIKU

 

REZA DE OTURAKANRAN

Oturatiku leri Awo monanã abelulojé birá ború Ikú awele.

 

Este Odu é filho de Otura e Okanran.

Quando surge numa consulta abre-se e fecha-se por três vezes a porta de casa e as três primeiras pessoas que chegarem tem que fazer ebó.
O primeiro que entrar em casa tem que ser limpo com um pombo, otí e epô que se despacha num matagal.
Assinala o início da cerimônia de Olofin.

Quando sai para alguém muito velho assinala morte repentina. As pessoas deste Odu não podem viver com filhos de Xangô.
Para livrar-se da morte o Awo tem que assentar, muito rapidamente, Osain e Odé.

Neste caminho, as mães não acreditavam em Olofin e nem ouviam os conselhos de seus próprios filhos e, por este motivo, morriam jovens e deixavam os filhos órfãos e desamparados.
Assinala morte precoce para quem se consulta.

A pessoa tem Ikú nas costas e por isso abre-se e fecha-se a porta  três vezes seguidas para que Ikú vá embora.
A pessoa tem tendências a se resfriar com excessiva facilidade, por este motivo não deve andar descalça nem se expor à friagem.
Para evitar doenças no estômago, sua comida deve ser muito bem cozida. Obatalá diz que ninguém pode comer mais com seu dinheiro que ele próprio. A pessoa deve cuidar de Obatalá para usufruir de uma grande graça.
Já pensou em acabar com a própria vida. Tem uma sombra às suas costas.
Cuidado com uma criança que não dorme bem e é sonâmbula.


 

Existem atrapalhações em casa. Tem que fazer uma limpeza para evitar os atrasos.

Uma pessoa que vive de forma ilegal lhe fará um convite. A pessoa tem que agir com muita cautela, pois trata-se de gente de duas caras.
Fala de quatro filhos da mesma mãe e de pais diferentes.

A mulher tem uma mágoa do marido e não se conforma com a maneira como vivem.

Ifá afirma que são pessoas de idades muito diferentes e que alguém dá maus conselhos à mulher para provocar a separação.
A pessoa não deve lançar maldições e nem permitir que ninguém o faça dentro de
sua casa.

Em sua porta o bem e o mal estão parados. Tem que fazer ebó para que o bem entre e o mal se afaste.
A pessoa precisa se alimentar melhor porque está debilitada. Se for homem pode estar com problemas de impotência.
Quando o consulente for embora deve ir por um caminho diferença do que veio porque Ikú o espera na volta.
Tem que dominar sua curiosidade e evitar ficar parada nas esquinas.

Tem que ser obediente, ouvir conselhos, evitar desentendimentos com mulheres e o excesso sexual.
Tem que fazer Ifá, pois só Orunmilá lhe trará salvação.

Se não pode fazer Ifá por falta de dinheiro, deve assentar Orunmilá até que as coisas
melhorem.

Se for mulher tem que receber Akofá.

O osogbo deste Odu é querer-se ter alguma coisa que esteja fora do alcance.

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